comédias românticas são palavras

a cada capítulo, um estímulo;

domingo, 29 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXIX

O relógio marcava quinze para às seis.
Horário que Hugo havia marcado para se encontrarem.
O coração continha pulsos acima das leis.
A vida do garoto estava no que eles iriam conversarem.
Até a casa de Linda, foram passos curtos.
Hugo estava apreensivo, ansioso, preocupado.
O neo-pequeno príncipe às vezes até tinha surtos.
Eenquanto a chuva fina caía, ele já estava todo molhado.
Coração na boca, a boca fria, seca e ainda meio mordida.
Pingos em toda roupa, triste e alegria durante sua ida.
Ouvindo música através de fones claros.
Hugo estava prestes a saber sobre o seu futuro,
Esses momentos, em sua vida, são raros.
O dia estava fechado, o tempo estava bem escuro.
Mas Hugo era o símbolo da esperança
Parecia uma criança mágico tapete.
O jovem carregava apenas um sorriso no rosto
E na boca um gosto de maçã verde.
A cada quarteirão era um quarteirão de sentimentos.
Que vinham soltas na mente, confusão total.
A cada passo Hugo ficava a dois passos do seu momento.
Pensava: "Vai ser um 'sim' eterno, bem legal'.
Concentrado, nem olhava os outros ao seu redor.
Estava em um momento único, buscando algo melhor.
Afinal, seu amor queria conversar sobre sua declaração.
Pensamento perdido, apreensivo, com suor na mão.
"O que será que vai acontecer comigo:
Serei namorado ou apenas seu amigo?"
Olhava para o céu perguntando algo ao seu guia.
Mesmo sem ouvir nada, recebia respostas positivas.
Então seguia eles, com passos de locomotivas.
O que, em sua consciência, o deixava cheio de alegria.
Por saber que poderia ser realmente o seu dia.
Suspensa e amor, reunidos em uma eterna magia.
Hugo apenas carregava um bilhetinho que dizia:

"A beleza da flor é resultado de cuidado e de boa semente.
Saiba que esse amor é carinhoso e durará eternamente.
E eu cuido dele para que ele dê ótimos frutos e flores.
Para que, um dia, ele seja o maior dentre os amores".

Perna direita na frente e o que lhe trazia na mente.
Era o sorriso mais lindo do mundo.
Aquele gesto simples e jocoso, magnificamente
Tinha o poder de para o segundo.
15 minutos de pensamentos e lá estava Hugo
Em frente a casa branca, com uma janela amerela,
Ao lado do lar que estava escrito bem grande: "Alugo".
Aquela mágica casa era o castelo da nossa cinderela.
Parou em frente ao portão, respirou fundo.
Ensaiou tudo o que iria falar novamente.
Fechou os olhos, sentiu o seu amor profundo.
E soube que tinha que falar tudo o que sente.
Passar os versos para as palavras ditas.
Passar o sentimento para suas mãos aflitas.
Eis que surge a bela dama dizendo: "Entre logo,
Antes que você pegue um resfriado!".
E Hugo pensando: "Meu Deus, eu não sei se rogo
Ou começo a pensar em algum pecado".
O amor é isso, começa com chuvas e versos
Depois se torna em arco-íris e cores.
O amor é capaz de unir em um dois universos.
Fazer de inimigos e amigos eternos amores.
Estamos chegando perto do fim da viagem.
Nada está decidido ainda para os casais.
O acaso muda o destino através da mensagem:
"O que está certo, agora não está mais".

quinta-feira, 26 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXVIII

Acordou em uma chuvosa manhã de domingo.
Hugo recebeu uma mensagem que o alegrou.
Como a grama que passa a noite esperando um pingo.
Linda lhe deixou um recado simples que ele amou.
Dizia ela: "Eu precisando conversar com você".
Tenso, cabeça voando, mãos suando,
Os minutos passando e ele parado pensando:
"Ai, Meu Deus, o que será que ela quer falar?
Será que dirá 'sim' ou dirá 'deixa para lá'?"
Os dias passam mais devagar desde sua declaração.
Seus passos não seguem as batidas de seu coração.
Escrever tem sido a coisa mais fácil do mundo.
Em que a cada traço, cada letra, cada segundo.
Hugo se declarava através de versos e poemas.
Sempre foi tímido para chegar e dizer o que sente.
Romântico, porém mudo, se entrega em dilemas.
Seu amor é puro, inocente, não mente.
Hugo nunca foi do tipo que conquista por conquistar.
Sempre achou mais interessante alguém para lhe acompanhar.
Nessa dança, Hugo queria encontrar um par
E não alguém apenas para somar,
O amor não é uma conta, o amor não conta, esconde.
O sentimento não nasce, ele flui, não se sabe de onde.
O amor é como águas que descem de um nascente.
Não se sabe por onde começa, se terá fim, apenas se sente.
Não há explicação, não há formulas, não há regras.
Apesar do choro, da ansiedade, da carência, Hugo se alegra.
Fica contente porque pode fazer tudo o que lhe cabia.
Mesmo sem saber se essa vontade seria recompensada.
Mas quer saber, para toda a tristeza há alguma alegria,
E para todos os amantes existe uma fada encantada.
Hugo respondeu a mensagem dizendo: “Mais tarde te encontro”.
O amor acha o que se perdeu em desencontro.
O dia era domingo, o sagrado para os cristãos.
Da triste chuva, apareceu um alegre astro rei.
E pensava Hugo: “O que irei saber hoje, eu não sei
Mas vou fazer de tudo para unir as nossas mãos”.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXVII

Ainda rodeado de dúvidas e aflição,
Hugo continua com o seu coração na mão.
Atualmente, os homens ficam com medo do amor.
Esse mito assusta, sobre uma imensa dor.
Hoje declaração de Hugo completa 10 dias.
Seguia o garoto entre sonhos, dores e alegrias.
Até agora, Hugo nem recebeu algum contato de sua amada.
"Ela está confusa ou não quer. Estou em uma roubada?"
Mas ele não confirmou por quem declarou-se ainda?
Será por sua amiga Sophia ou pela bela Linda?

“Às vezes eu paro e fico te admirando.
Cada cantinho teu vou decifrando.
Seu sorriso branco e suas sardas vermelhas.
Quando está pensativa, franze as sombrancelhas.
Ela é meu melhor material de estudo.
Estou buscando e observando tudo.
Seu doce e meigo jeito ao vir me abraçar
Mal sabe ela que faz o mundo parar.
Corta o meu peito ao me chamar de amigo.
Por fora um sorriso, mas por dentro me mastigo.
Ela espalha a beleza por onde passa.
Seja na rua, na esquina, na praça.
E o melhor jeito de me deixar sem graça.
É quando me chama e diz: “Me abraça”.
Eu perco o jeito, perco o jogo, fico mudo e perco a noção.
Meu baú é seu, minha linda, Linda dona do meu coração”.

Versos que transbordam do corpo do jovem.
Como rios que enchem quando os céus chovem.
Sentimentos na sensibilidade das pontas dos dedos.
Um mistura de contos de fadas, mas com segredos.
Hugo embarcou nessa viagem sem lugar.
Esta ele cercado por duas incríveis damas
Mal sabe aonde esse vôo irá chegar.
E ele perguntando a si próprio: “Quem tu amas?”.
Declarou-se com fidelidade à Linda, a recheada de sardas.
Mas sente-se em uma berlinda, esperando seu anjo da guarda.
O cupido talvez, seria uma graça bem-vinda.
Já que Hugo estava a um dia de se encontrar com Linda.
“O que falar? Como falar? Como vou pentear?”
Inúmeras dúvidas circulavam a sua cabeça.
Calma neo-pequeno príncipe, faça as coisas devagar.
O dia era quinta-feira, fevereiro era um misto de chuva e calor.
A tarde inteira era um espetáculo reunindo luz e cor.
Ele resolveu jogar futebol para esquecer, antes que enlouqueça.