comédias românticas são palavras

a cada capítulo, um estímulo;

domingo, 29 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXIX

O relógio marcava quinze para às seis.
Horário que Hugo havia marcado para se encontrarem.
O coração continha pulsos acima das leis.
A vida do garoto estava no que eles iriam conversarem.
Até a casa de Linda, foram passos curtos.
Hugo estava apreensivo, ansioso, preocupado.
O neo-pequeno príncipe às vezes até tinha surtos.
Eenquanto a chuva fina caía, ele já estava todo molhado.
Coração na boca, a boca fria, seca e ainda meio mordida.
Pingos em toda roupa, triste e alegria durante sua ida.
Ouvindo música através de fones claros.
Hugo estava prestes a saber sobre o seu futuro,
Esses momentos, em sua vida, são raros.
O dia estava fechado, o tempo estava bem escuro.
Mas Hugo era o símbolo da esperança
Parecia uma criança mágico tapete.
O jovem carregava apenas um sorriso no rosto
E na boca um gosto de maçã verde.
A cada quarteirão era um quarteirão de sentimentos.
Que vinham soltas na mente, confusão total.
A cada passo Hugo ficava a dois passos do seu momento.
Pensava: "Vai ser um 'sim' eterno, bem legal'.
Concentrado, nem olhava os outros ao seu redor.
Estava em um momento único, buscando algo melhor.
Afinal, seu amor queria conversar sobre sua declaração.
Pensamento perdido, apreensivo, com suor na mão.
"O que será que vai acontecer comigo:
Serei namorado ou apenas seu amigo?"
Olhava para o céu perguntando algo ao seu guia.
Mesmo sem ouvir nada, recebia respostas positivas.
Então seguia eles, com passos de locomotivas.
O que, em sua consciência, o deixava cheio de alegria.
Por saber que poderia ser realmente o seu dia.
Suspensa e amor, reunidos em uma eterna magia.
Hugo apenas carregava um bilhetinho que dizia:

"A beleza da flor é resultado de cuidado e de boa semente.
Saiba que esse amor é carinhoso e durará eternamente.
E eu cuido dele para que ele dê ótimos frutos e flores.
Para que, um dia, ele seja o maior dentre os amores".

Perna direita na frente e o que lhe trazia na mente.
Era o sorriso mais lindo do mundo.
Aquele gesto simples e jocoso, magnificamente
Tinha o poder de para o segundo.
15 minutos de pensamentos e lá estava Hugo
Em frente a casa branca, com uma janela amerela,
Ao lado do lar que estava escrito bem grande: "Alugo".
Aquela mágica casa era o castelo da nossa cinderela.
Parou em frente ao portão, respirou fundo.
Ensaiou tudo o que iria falar novamente.
Fechou os olhos, sentiu o seu amor profundo.
E soube que tinha que falar tudo o que sente.
Passar os versos para as palavras ditas.
Passar o sentimento para suas mãos aflitas.
Eis que surge a bela dama dizendo: "Entre logo,
Antes que você pegue um resfriado!".
E Hugo pensando: "Meu Deus, eu não sei se rogo
Ou começo a pensar em algum pecado".
O amor é isso, começa com chuvas e versos
Depois se torna em arco-íris e cores.
O amor é capaz de unir em um dois universos.
Fazer de inimigos e amigos eternos amores.
Estamos chegando perto do fim da viagem.
Nada está decidido ainda para os casais.
O acaso muda o destino através da mensagem:
"O que está certo, agora não está mais".

quinta-feira, 26 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXVIII

Acordou em uma chuvosa manhã de domingo.
Hugo recebeu uma mensagem que o alegrou.
Como a grama que passa a noite esperando um pingo.
Linda lhe deixou um recado simples que ele amou.
Dizia ela: "Eu precisando conversar com você".
Tenso, cabeça voando, mãos suando,
Os minutos passando e ele parado pensando:
"Ai, Meu Deus, o que será que ela quer falar?
Será que dirá 'sim' ou dirá 'deixa para lá'?"
Os dias passam mais devagar desde sua declaração.
Seus passos não seguem as batidas de seu coração.
Escrever tem sido a coisa mais fácil do mundo.
Em que a cada traço, cada letra, cada segundo.
Hugo se declarava através de versos e poemas.
Sempre foi tímido para chegar e dizer o que sente.
Romântico, porém mudo, se entrega em dilemas.
Seu amor é puro, inocente, não mente.
Hugo nunca foi do tipo que conquista por conquistar.
Sempre achou mais interessante alguém para lhe acompanhar.
Nessa dança, Hugo queria encontrar um par
E não alguém apenas para somar,
O amor não é uma conta, o amor não conta, esconde.
O sentimento não nasce, ele flui, não se sabe de onde.
O amor é como águas que descem de um nascente.
Não se sabe por onde começa, se terá fim, apenas se sente.
Não há explicação, não há formulas, não há regras.
Apesar do choro, da ansiedade, da carência, Hugo se alegra.
Fica contente porque pode fazer tudo o que lhe cabia.
Mesmo sem saber se essa vontade seria recompensada.
Mas quer saber, para toda a tristeza há alguma alegria,
E para todos os amantes existe uma fada encantada.
Hugo respondeu a mensagem dizendo: “Mais tarde te encontro”.
O amor acha o que se perdeu em desencontro.
O dia era domingo, o sagrado para os cristãos.
Da triste chuva, apareceu um alegre astro rei.
E pensava Hugo: “O que irei saber hoje, eu não sei
Mas vou fazer de tudo para unir as nossas mãos”.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXVII

Ainda rodeado de dúvidas e aflição,
Hugo continua com o seu coração na mão.
Atualmente, os homens ficam com medo do amor.
Esse mito assusta, sobre uma imensa dor.
Hoje declaração de Hugo completa 10 dias.
Seguia o garoto entre sonhos, dores e alegrias.
Até agora, Hugo nem recebeu algum contato de sua amada.
"Ela está confusa ou não quer. Estou em uma roubada?"
Mas ele não confirmou por quem declarou-se ainda?
Será por sua amiga Sophia ou pela bela Linda?

“Às vezes eu paro e fico te admirando.
Cada cantinho teu vou decifrando.
Seu sorriso branco e suas sardas vermelhas.
Quando está pensativa, franze as sombrancelhas.
Ela é meu melhor material de estudo.
Estou buscando e observando tudo.
Seu doce e meigo jeito ao vir me abraçar
Mal sabe ela que faz o mundo parar.
Corta o meu peito ao me chamar de amigo.
Por fora um sorriso, mas por dentro me mastigo.
Ela espalha a beleza por onde passa.
Seja na rua, na esquina, na praça.
E o melhor jeito de me deixar sem graça.
É quando me chama e diz: “Me abraça”.
Eu perco o jeito, perco o jogo, fico mudo e perco a noção.
Meu baú é seu, minha linda, Linda dona do meu coração”.

Versos que transbordam do corpo do jovem.
Como rios que enchem quando os céus chovem.
Sentimentos na sensibilidade das pontas dos dedos.
Um mistura de contos de fadas, mas com segredos.
Hugo embarcou nessa viagem sem lugar.
Esta ele cercado por duas incríveis damas
Mal sabe aonde esse vôo irá chegar.
E ele perguntando a si próprio: “Quem tu amas?”.
Declarou-se com fidelidade à Linda, a recheada de sardas.
Mas sente-se em uma berlinda, esperando seu anjo da guarda.
O cupido talvez, seria uma graça bem-vinda.
Já que Hugo estava a um dia de se encontrar com Linda.
“O que falar? Como falar? Como vou pentear?”
Inúmeras dúvidas circulavam a sua cabeça.
Calma neo-pequeno príncipe, faça as coisas devagar.
O dia era quinta-feira, fevereiro era um misto de chuva e calor.
A tarde inteira era um espetáculo reunindo luz e cor.
Ele resolveu jogar futebol para esquecer, antes que enlouqueça.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

- CAPÍTULO XXVI

No dia seguinte, Hugo contou tudo a André
Sobre sua declaração, sobre o que tinha feito.
"Ah, cara me declarei, seja o que Deus quiser
Pelo menos tirei aquele aperto do meu peito".
Dizia ele, ainda um pouco confuso e cheio de esperança.
"Mas será que ela já leu?", perguntou seu amigo.
"Não sei, estou até com medo de andar na vizinhança
Quando encontrá-la vou tremer, que perigo"
"Calma, você não fez nada de errado
Ninguém disse que é crime estar apaixonado".
Palavras sábias de André acalmaram o menino
Nesse momento, ele só pensava em sorte ou destino
Neste jogo do amor, Hugo já lançou seu dado
Basta saber se o número a cair será suficiente
Para conquistar sua dama e entrar em sua mente
Assim de repente, poderem estar lado a lado
O dia era 4 de fevereiro, estava uma tarde bela
Hugo andava de um lado ao outro, estava ansioso
Ao contrário da noite passada quando estava corajoso.
Naquela tarde o garoto o jovem não saía da janela
Esperando seu amor passar, mas ele nem sabia o que falar.
Arrependeu-se diversas vezes, estava com medo
Achava que era melhor ter guardado o segredo
Mas alegrava-se ao lembrar dos bons momentos
E de suas doces palavras naqueles depoimentos.
Ao todo foram 3 testemunhais para sua amante.
Foi claro, decisivo, foi empolgante, apaixonante
Agora o seu amor não se resumia só as frases de caderno
Hugo foi mais longe e jurou seu sentimento mais eterno
Sem saber de recompensa falou tudo o que pensa
Soube demonstrar esse sentimento tão lindo
O garoto mostrou toda a sua paixão imensa
Sonhou com um "sim" dela e acordou sorrindo
O relógio marcava 20h, a Lua já brilhava lá em cima.
Hugo, por não ter passado a madrugada acordado
Estava exausto, confuso e totalmente apaixonado
Sonhando acordado sobre uma bela e doce menina
O medo de tentar poderia ter feito ele perder este desafio
O segredo é arriscar, mesmo que erre por um fio.
O amor não é como um jogo de tabuleiro
Onde ganha quem chegar primeiro.
Este sentimento se ganha com um tempo
Em um crescimento de afinidade
Até os dois se juntarem em algum templo.
O melhor amor surge da melhor amizade.

domingo, 27 de abril de 2008

CAPÍTULO XXV

"Bem, para começar, te peço que não a ninguém
Tudo o que você irá ler nesse depoimento
Virão palavras para mostrar o quanto vc me faz bem
E tentar expressar todo o meu sentimento
Algo que foi crescendo a cada dia que passava
E ficava contando as horas só para te ver
Perdi a conta de quantas noite com você sonhava.
Ou quantas vezes já escrevi: 'Eu amo você'.
E por falar em amor, eu acho que é maior que isso.
Você não tem noção de quão belo é seu olhar.
Me faz tremer, minhas mão começam a suar.
E eu me entrego nesse mais doce e maravilhoso feitiço.
Eu segui os seus passos, eu fico em pedaços
Quando te vejo com outros rapazes
Eu sei, sou seu amigo, mas qual o perigo?
Sei que posso te levar a um oásis
Seja longe ou seja perto, com você sou mais esperto
E não me perco nos desertos, mas não sei se sou o certo.
Você sempre é tão arrumada e tem amigos da alta sociedade.
E eu com camisa amarrotada, quase um simbolo de humildade
Será que os opostos se atraem? Bem, da minha parte aconteceu.
Se os nossos coração se amarem será uma dádiva de Deus.
Mas não sei o que acontece em seu peito
Só sei que não sou o garoto perfeito, mas me ajeito.
Por você eu roubo todo brilho da Lua
E do Sol retiro todo o seu calor.
Só para te ouvir dizer: 'Sou sua,
E você é o dono de todo o meu amor'.
Ai, que sonho. Ai que maravilhosa loucura.
Amar você tem sido uma doce tortura
Uma doença sem cura, uma viagem de aventura.
É te seguir em cada esquina, é te ver em cada menina
É dizer 'Te Amo' sem você me ouvir
É poder te tocar sem você nem sentir.
Eu sou aquela brisa que te refresca
Eu sou a coberta que te aquece
Eu sou um mero peixe em sua pesca
Eu sou aquele que você sempre se esquece.
Quisera eu te dar uma estrela pintada de verde.
Quisera eu ser a fonte que sacia a sua sede.
Você é razão das minhas noites mal dormidas
Você é o alimento do meu coração
Você é minha viagem só com passagem de ida.
Você é a minha própria estação.
É, desse labirinto não tem mais saída.
Te Amo, só quero poder te provar isso
Até o último dia da minha vida".

sexta-feira, 25 de abril de 2008

CAPÍTULO XXIV

Mas que situação louca hein, menino.
Apaixonado por duas, que triste destino.
Uma foi o primeiro amor, e esse marca mais.
Mas a outra o encantou, que sina, rapaz!
Há poucos dias para o fim das férias
Hugo estava decidido a se declarar
Ensaiava as suas frases mais sérias
E bolava o plano perfeito para falar.
Mas se declarem para quem?
Linda ou Sophia? Ou por ninguém.
O medo de achar que estava confundindo
O deixava tímido, inibido, retraído.
Linda poderia ser apenas gentil
E, de certa forma, ela é assim com demais.
Por Sophia, Hugo se encantou quando viu.
Mas não sabe se ela também olhou para trás.
Eram tantas dúvidas, era tanto medo
Eram poucos segundos, era o maior segredo.
Hugo era como um simples brinquedo
Nas mãos de duas crianças indefesas
Eram tantas perguntas, era muito cedo
Era tanto doce, era muito azedo.
Hugo como água escorrendo entre os dedos
Das mãos de duas imensas correntezas.
Buscou em papéis soluções para este caso.
Que ainda não se decidiu se foi destino ou acaso.

"A branca do quarto, não guia nesse labirinto
As risadas em retratos me perseguem por instinto.
Se for por emoção, a primeira pretendente é a certa.
Se for por razão, a segunda sorridente é a descoberta.
Elas são tão lindas e eu um perdido por natureza
São jóias em corpos femininos de infinita beleza
Eu tenho dois alvos, porém apenas um dardo.
Ou me saio a salvo, ou me deixam de lado.
Arriscar em uma ou não conseguir nenhuma
De forma nua e crua tentar encostar na lua
O satélite invejoso com o brilho do rosto
Da minha primeira e única dama
Mas o sol não fica de fora e parece que devora
A minha segunda e fortíssima chama
Mas por quem meu coração chama?
Por quem ele realmente ama?"

E o poeta continua escrevendo ao invés de dizer
O relógio marcava 4h30 da madrugada
Hugo, sozinho, caiu na gargalhada
Olhou para uma foto e disse: "Escolhi você".

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CAPÍTULO XXIII

Conversando enquanto olhavam uma revista
Hugo e Sophia se conheciam mais e mais
A menina disse que curtia futebol e odiava dentista
E na sala, sentava com a galera lá de trás.
Falou que prefere quando seu cabelo está liso.
Se prefere cachorro ou gato e o que faz na hora do tédio
Mostrou suas covinhas quando abre o sorriso.
E quando criança odiava ter que tomar algum remédio.
Explicou que Angel é o seu perfume predileto
E abriu alguns de seus segredos mais secretos
Nesse trio amoroso, ali formava-se um par
Mesmo que Hugo ainda não soubesse disto
Porque toda hora ele ficava tenso, chegava a suar
Ao ver Linda passear sem nenhum imprevisto
Sem ao menos sentir falta da sua presença
Era muita gente, muitos rostos ao seu redor.
E Linda, naquela hora, era a beleza mais intensa
Hugo tentando cada vez mais ser alguém melhor.
Ele, sem dúvidas, sentia algo forte por Sophia
Mas nada comparada a doce e simples alegria
Quando o jovem olhava Linda passar
Como quem observa uma paisagem
Como alguém parado faz uma viagem
Hugo ficava intacto, nem chegava a piscar.
A noite ficou tarde e todos voltaram aos seus lares
E nesses jogos sem nenhum placares
Hugo resolveu escrever sobre seus sentimentos
Versos como simples alimentos
Ao seu amor, a sua dor e aos tormentos.

"A lua gosta do mar como eu gosto de você
Eu sinto você respirar, preciso desse teu olhar
O qual me leva a ter gosto de viver
Humanos precisam de ar como eu preciso de você
No dia que te vi passar meu mundo chegou a parar
E hoje eu sei que eu só quero te ter
O teu sorriso é de arrepiar. Tudo fica lindo em você
Ainda vou me declarar, dizer que é você que eu quero ficar
Vou falar tudo para você entender
Que o meu coração dentre todas as mulheres, escolheu você
Faço qualquer coisa do jeito que tu queres, para te satisfazer".


Pobre poeta sem nome, pobre pássaro sem ninho
Triste criança com fome de algum simples carinho.
O relógio passava mais rápido, os dias estão se acabando
E Hugo pensando a melhor forma para se declarar
A lua está indo embora, as luzes estão se apagando
E Hugo determinado a escolher seu legítimo par
Porque nessa dançar alguém ira dançar
Pode ser ele, Linda ou Sophia. Quem ousa arriscar?

domingo, 13 de abril de 2008

CAPÍTULO XXII

Numa bela manhã de domingo
Hugo acordou alegre e sorrindo
Sonhou com Linda a noite inteira
Ficava sempre lembrando das brincadeiras
Por sorte ou por ironia do destino
Um mensagem em seu celular: "Voltei, menino"
E completava: "Quero te ver, passa aqui em casa?"
Hugo parecia um anjo com ouro em suas asas
Não deu outra, tomou o banho mais longo do mundo
E relia a mensagem a cada segundo
Ensaiou o que iria dizer em seu espelho
Até pesquisou, procurando algum conselho
Mergulhou no perfume, encheu o cabelo de gel.
Vestiu uma roupa bonita, parecia estar no céu.
Encheu-se de alegria e gritou: "Hoje é o dia!"
Perdeu-se nos passos, viajou no espaço
Sorrioo a qualquer um na rua
Parecia um palhaço, um homem de aço
Agradecendo e celebrando a lua.
Ding-don, soa a demorada campanhia.
E o silêncio reinando em seu peito
Hugo respirava, suspirava e tremia
Tentava esconder seus trejeitos
A porta é aberta e agora não importa
O que venha a acontecer
A hora é a certa, mas agora as idéias
Já não são as que ensaiou para dizer.
Com seu sorriso, ela falou: "Que bom que você veio"
E para decepção do garoto, o lar estava cheio
Todos os amigos decidiram ir recepcionar a menina
E ele triste, porém feliz enquanto conversaram na cozinha
Quando acabou o brilho em seu olhar
Hugo percebeu que Sophia também estava lá.
Acanhada e sozinha sentada no sofá
Hugo sentou e disse: "Posso te acompanhar?"
Ela sorriu e nem precisou dizer "sim"
E ela pensando: "Será que ele está afim de mim?"
Linda reunia todos os olhares curiosos
Estavam todos com saudades de vê-la
Sob os olofotes muito mais brilhosos
Ela era a Lua rodeada de estrelas.
E aquela noite prometeu ser intensa
Entre Hugo e seus dois amores
Ele, um criminoso cumprindo sentença
Por querer um jardim, assim só para si
E fica tenso ao ver Linda a sorrir
Parado, espera por alguma recompensa
Dentre milhões do sorissos, milhões de flores.

terça-feira, 8 de abril de 2008

CAPÍTULO XXI

O sol do verão chega aquecendo os corações frios
Pobre Hugo, mais amor, mais calafrios
E como um febril delirando a todo momento
Ele viu que já era hora de resolver esse tormento
Grande vitória em vida, porque para encontrar a saída
Primeiro você tem que dar o primeiro passo
Descobri qual menina seu mundo mais gira, pira.
Aquela que é dona de seu maior espaço.
Linda foi a primeira que ele se apaixonou
Praticamente seu verdadeiro primeiro amor.
Sophia foi a primeira que ele se identificou.
Praticamente a primeira que ele quase beijou.
Hugo sabia que por serem amigas, ele só teria uma.
Porque quem ele se declarasse, mesmo sem resposta alguma
Ele não poderia tentar a outra garota
Pobre menino, sua chance é como uma gota
Que caí tão rápido, pode encontrar o chão duro
Ou se alojar em um lindo fruto maduro
Suas conversas com Sophia se tornaram mais intensas
Será que Sophia merecia recompensas?
Só o passo do tempo poderá informar
Mas hoje, Hugo ainda quer ser o seu par.
Maldita hora com Sophia foi recusar o convite
Hugo você se interessou pelo veto, admite.
Maldita hora que Linda foi para longe viajar
Hugo você ainda pensa nela, mas insiste em não pensar.
Foi quando ele mandou uma mensagem
Dizendo: "Volta, estou com saudades"
E passou a noite inteira olhar para o celular
Querendo saber se Linda irá retornar
Maldita hora que o Sol começou a sair.
Cansado, exausto, Hugo começou a dormir.
A cada noite ele sonhava como uma menina diferente.
Às vezes Linda, outras Sophia, isso já era freqüente.
Faltam poucos dias até ele se declarar.
Façam suas apostas, entre na torcida
Pois as respostas dessa viagem só de ida.
Ninguém saberá o que falar.

domingo, 30 de março de 2008

CAPÍTULO XX

Com a chegada da virada de mais um ano
Hugo se encontra perdido, sem plano
Sem trilha, caindo em uma armadilha
Na qual ele mesmo criou.
De olhos fechados caindo ladeira abaixo
Do alto de morro, chamado: "amor"
Com toda aquela festa convidou Sophia
Para passar o ano novo com ele
Era o momento feliz, cheio de alegria
Hugo tinha uma que queria ao lado dele
Foram a uma praia ver a queima de fogos
E o amor os convidando a mais um de seus jogos
Sentando em frente ao mar
Hugo sem graça, sem saber o que falar
Ela estava linda de vestido prateado
E Hugo ficava mais apaixonado
Seu cabelo se perdia no balanço do vento
E Hugo se perdia em seu olhar a dentro
"Nem sei aguento", pensa o garoto ao relento
Sentido a maresia da água salgada
E delirando com a barulha de Sophia em sua risada
Espalhando o sentimento ao seu redor
Com ela, Hugo não se sentia tão só
E quando alguém começou a contagem regressiva
Sophia ficava ainda mais apreensiva
Do 5 caiu ao 1 de maneira lenta, demorada.
E eles se olharam, pensaram, mas não falaram nada
Apenas o "feliz ano novo" tão clichê
Até que ele diz: "É tão bom estar com você"
Pobre garoto bipolar, não sabe quem amar
Aquele momento o Deus do amor começou a gargalhar
Ela retribui dizendo, sempre em tom de ironia
Ao melhor jeito de ser Sophia:
"Até agora, você é o garoto mais bonito que falou comigo em 2006"
Eles ainda riam, quando uma senhora com uma rosa: "É pra vocês"
Hugo disse: "Não, é para ela, me presente de ano novo"
Sophia retribui em um jeito carinhoso: "Ai que fofo"
O brilho do olhar com a morena sorria
Hugo quase morria, suspirava: "Ai Sophia"
E foi assim: "Ano novo, vida nova"
Mas todo mundo sabe que essa novela ainda está no meio
Querer saber o fim é uma ova!
Não existe meio que descubra isso em cheio.
Conversaram por horas naquele 1° de Janeiro
Hugo sentiu-se por inteiro e foi dormir com seu cheiro
Suspirava de 2 em 2 segundo em seu travesseiro.
O dia acabou, mas o ano apenas começou
Com Hugo e suas duas histórias de amor.

quinta-feira, 27 de março de 2008

CAPÍTULO XIX

Luzes coloridas, música alta e Hugo cercado de gente
Olhos perdidos, sentindo a falta de quem a deixe contente.
Curtindo um pouco das férias, ele saiu com os amigos
Se entregou nos perigos e espalhou simpatia
Por fora era só felicidade, estar ao lado da amizade
Mas por dentro a realidade, sofrer era o que sentia
Estava perdido entre Linda e Sophia
O amor é um produto sem garantia
Não se pode simplesmente trocar por outro da moda
Não se pode girar como uma simples roda
Mas ele não sabia o que fazer
Linda foi a primeira que o fez tremer, porém ela como um sonho.
Sophia foi a que te sorrir, mas Linda também o deixava risonho.
Então, qual será a melhor rua a seguir?
Olhando a Lua, fingindo não ligar, não se importar
Resolveu sair, esquecer, apenas deixar isso para lá.
Mas estar sozinho não é ficar só
E, sim, sentir-se sozinho com várias de pessoas ao redor.
Resolveu ligar para Sophia: "Alô, Sophia!?"
"Não, é a fada madrinha. E quem incomoda a essa hora?"
"Sou eu, Hugo, desculpe. Eu estava indo embora e e resolvi ligar"
"Não se culpe, não chora", brincava a moça. "E aonde você está?"
Hugo: "Sei lá, estou andando de bar em bar"
"Calma Hugo, você não cansa de me procurar?"
"É está difícil, bem que você poderia me dar alguma dica"
"OK, continue assim". E Hugo complemente: "Vai, exemplifica".
"Olha eu estou na minha casa, já deitada no meu ninho"
"Você está dormindo?" "Sim, estou sonhando acordada",
Responde com aquele ar de sarcasmo.
"Nossa! Que piada sem graça. Um dia eu te encontro no caminho
Vou te olhar, sorrindo, te largar abandonada
E ser falso igual a uma mulher quando finge orgasmo"
E o assunto rolou a noite toda, era Hugo irônico de um lado
E Sophia mais irônica ainda do outro.
Hugo parece que está ficando apaixonado
"E o que tem de errado. Tem piratas que gostam de dois tesouros"
Mas nesse céu estrelado ainda falta uma estrela
Que está longe, porém mesmo sem vê-la
Brilha no dia do menino. Linda está em seu destino
De forma positiva ou negativa, pobre vascaíno.
Não desista, você é do time da virada
Será que antes da virada do ano
Você ganha essa jogada ou perde essa bolada?
As torcidas estão confiantes, estão totalmentes dispostas.
Senhoras e senhores, façam suas apostas
No canto direito, Linda Albuquerque
E o que quer que Hugo faça, não a tira da cabeça.
Branquinha, com suas bochechas rosas
Algumas sardinhas, maquiagens maravilhosas
E ai Hugo, o que você quer que aconteça?
No canto esquerdo, Sophia Duarte
A que parece uma obra de arte, a que surgiu tarde
Mas já causa um alarde dentro de Hugo e seu coração covarde.
Morena, com um cabelo longo, negro e liso
E no meio, Hugo com seu jeito impreciso
Olhar confuso, coração partido, perdido e invertido
De dentro para fora. emoções no canto da boca
Ri, imagina, chora. Corações em uma viagem louca.
O vôo está muito alto para descer, muito rápido para parar
E Hugo prestes a enlouquecer, sem saber aonde vai chegar.

domingo, 23 de março de 2008

CAPÍTULO XVIII

A conversa era Hugo com seu jeito engraçado
E Sophia falando sobre seu jeito mau-humorado.
Ela o fazia lembrar de sua irmã mais velha.
Toda cheia de atitude, preferia ser a Sininho do que a Cinderela.
Ela era morena, tinha o cabelo negro e longo
E ao longo do tempo, a afinidade vinha surgindo.
Ela tinha um sorriso branco e brilhoso
Era maravilhoso o momento, e ele a deixava sorrindo.
Era o típico caso: "Os opostos se atraem".
Ele era "sim", ela "não", ele era "não", ela "sim".
E quando os corações orgulhosos distraem
Eles sempre se acertavam no fim.
Ela era marrenta toda vida, tinha seu jeito.
Seu cabelo liso e com um penteado perfeito
Ela dizia: "Eu fui uma das primeiras a usar o cabelo desse modo.
Usando a franja presa e o lado do cabelo solto".
Com tantas diferenças, o Cúpido dizia: "Eu me ajeito, me acomodo"
Nem precisa dizer que Hugo já estava ficando louco.
Ela tinha estilo, o impressionou,
Mas ele não sabia o que estava sentindo.
Quando foram ver, o relógio voou.
Eram 4h30 e foram se despedindo.
Nessa longa conversa esclareceram as dúvidas.
Ela o achava marrento, exibido, tipo garoto metido.
Ele o achava marrenta e confirmou isso no assunto.
Se deixaram levar e totalmente de forma não lúcida
Criaram um ritmo próprio, único e descontraído.
E o garoto foi dormir inegavelmente perdido
Tentando achar uma luz sobre o que está sentido.
E na dança o que era dupla, se transforma em conjuto.

sexta-feira, 21 de março de 2008

CAPÍTULO XVII

E como quem olha o mundo todo de cima.
Hugo observava em cada canto, cada esquina.
Tentando de alguma forma enxerga aquela menina.
Que lhe faz sonhar, que lhe causa alegria, que lhe anima.
Com essa viagem de Linda a saudade é fato.
"Ficar sem vê-la é um saco, que chato"
Reclama o pobre solitário, que como uma criança no armário
Se perde em seu mundo imaginário, sorrindo igual a um otário
Só faltava babar quando lembrava da moça.
"Que linda, que boca, que pele, que coxa"
Em uma conspiração de amor dos Deus do cupido
Quando Hugo fechava os olhos
Tinha momentos maravilhosos
Era Linda falando baixinho em seu ouvido.
Momento sobrenatural, entre o seu quarto e janela.
Momento sensacional, quando olhava o retrato dela.
Eram 20h, noite de sua formatura
E sua maior tortura, era saber que Linda não o veria.
Arrumou-se, ajeito-se de forma mais pura
Mas sua maior loucura, foi vê-la sentada na primeira fila.
Sabe quando o amor ultrapassa os limites da razão;
Quando o seu corpo inteiro não cabe o tamanho do coração.
Hugo enxergou Linda em mais de 28 garotas.
Exageradamente sem ter tomado nada, nenhuma gota.
Depois da sua colação de grau, despediu-se dos seus amigos
Festejaram um pouco, mas era um momento triste.
Nada mais seria normal, cada um por si na vida e seus perigos.
Tentar marcar de se ver, sempre nas despedida: "Me visite".
Já em casa, conversando com outras pessoas pelo computador
Encontra Sophia on-line, mesmo sem nada de especial
Começaram a conversar sobre a vida, dor e amor.
Por mais que a tristeza reinava, Hugo achou aquela noite legal.

segunda-feira, 17 de março de 2008

CAPÍTULO XVI

Novela que é novela de verdade
tem que haver coisas para complicar
Confundir, iludir, nem é por maldade
Coisas acontecem, pessoas novas aparecem
E todos nessa dança ainda querem o seu par.
A primeira vista, Hugo se deixou levar pela morena
Com seu olhar difuso, o deixando confuso
Quando a bela moça entrou em cena,
Hugo até pensou em mudar o curso,
Quis fugir para um outro percurso.
Mas, pela maldita ironia do destino
A dúvida vinha ao som de um sino
Que toca a fundo em seu ouvido
Parecendo o deixar punido, por ter um coração
E duas meninas o dividindo. que confusão.
Correu atrás para descobrir um pouco da jovem
E como alunos tristes quando os reprovem
Descobriu que ela e Linda eram amigas de verdade
Era o inicio do tormento, que maldade
Ele olhava ao céu, meio que perguntando:
"Deus, onde eu estou errando?
Por que tanta dúvida? Estou me machucando".
Pobre Hugo, se não dava conta de uma menina
Imagina 2? como seria? que triste sina.
E no auge daquela dúvida, quis andar um pouco na rua.
Respirar, olhar a lua, e de repente, na sua frente
Surge Linda, com sua pele branca e um brilho no rosto
Causando eterna inveja às estrelas, elas tinham desgosto.
Linda era a perfeição em si, e quando a garota sorri
O mundo caminha em camera lenta, uma deliciosa tormenta.
Eis que ela diz: "Que história é essa dançar com Sophia?
Ela não é para ser sua companhia. Sou ciumenta"
Pequenas verdades em tom de brincadeira.
Pequenas maldades, imensa fogueira.
Hugo com o coração em chamas, pensando:
"Será que ela também me ama". e disse:
"Calma, só você pode ser minha primeira dama".
Aplausos do universo, pelo texto mais sincero
Que o menino disse até o momento.
E complementou: "E isso é terno, assim espero.
Até o nosso casamento". Rápido demais, falou em sentimentos.
As vezes o silêncio ocupa os espaços
E naqueles longos 4 segundos
Hugo perdeu os passos, a deu um abraço
Apertou bem forte, bem profundo
A colocando no fundo do peito, querendo ser perfeito, disse:
"Deixa isso pra lá, você ainda é o meu par".
A multidão foi ao delírio, foi como colírio
Ouvir Hugo dizer aquelas frases perfeitas.
E com um olhar de já estar satisfeita
Linda falou: "Preciso ir embora, outro dia
A gente volta a conversar sobre isso.
Vê se não chora, e quanto a Sophia.
Rapaz, tome muito juízo".
Aquela noite foi um espetáculo sem plateia.
Um cena de novela sem espectadores
Dois lobos longe de sua alcateia
Um desamor experimentando os amores.
E assim é a vida, que pode parecer uma rua sem saída.
Mas ela tem suas esquinas, tem suas doces meninas.
Hugo não queria nenhuma, hoje quer duas.
Onde é uma Avenida, ele encontrou mais ruas
E no fundo sabe quem realmente deseja
Por quem o garoto fica no escuro.
Aquela por quem ele mais gagueja.
Por quem sente seu amor mais puro.
Estamos no ínicio de Dezembro
Como todo fim de ano,
Linda ficará fora por algum tempo
E o garoto na cidade só esperando
Para poder retomar o assunto
Para poder de novo estar junto
Com sua princesa, assim sua realeza
Voltará a ficar completa, e o que lhe resta
É sair andando e cantando sobre o amor
E como é estar, de verdade, amando.

sábado, 15 de março de 2008

CAPÍTULO XV

O relógio marcava 20h30, ele nem tinha se arrumando ainda.
Seus amigos já o gritavam la fora, enquanto ele escolhia a camisa.
Era uma festa banal. era uma festa normal.
Não teria nada de sensacional.
Até porque Hugo não sabia se Linda iria
Ela, a menina que vem tomando conta dos seus dias
Logo na entrada, mudou seu pensamento.
Quis ir até seu apartamento e se arrumar
De um jeito mais formal, quis parecer perfeito, o cara mais legal.
Lá estava Linda, a causadora do seu suor no inverno
Aquela que ele não tira da cabeça,
A que o leva para o inferno Ou ao paraíso,
Não importa o que aconteça, ele perde o juízo.
E todo mundo sorrindo e dançando. e ele parado pensando:
"De onde vem toda beleza e
Mesmo que ela não mexa, me faz suspirar?.
Ela é uma linda princesa,
Que em sua realeza, não sou capaz de entrar".
Então resolveu disfarçar, esfriar o momento.
Ficou conversando, enquanto Linda era a rainha do evento.
E nessa história de amor, os personagens não estão resolvidos
Será que a nova princesa chegou? E já o deixou de queixo caído.
Em meio a olhares perdidos, eis que entra entra em cena
A mais linda morena, de nome desconhecido.
Mas de beleza extrema, um diamente perdido.
Enquanto tocava sua música preferida, ela dançava com sua amiga
Sorria e fechava os olhos, fazendo daquele segundos maravilhosos
Já era 3h da manhã, o clima de festa iria caindo, todo mundo só.
Quando o DJ pensou que o melhor era colocar um pouco de forró
Começou baixinho, com "Moreno me convidou para dançar um xote"
E Hugo não conseguiu parar de olhar aquele belo decote
A princesa sem nome, começou a dançar com sua colega, que brega.
Hugo juntou mais um amigo e disse: "Vem comigo".
Chegou à elas e falou:"Acho que vocês sabem,
Mulher com Mulher vira jacaré", E com aquele de papo de mané
Hugo arrancou mais sorrisos da misteriosa
E ele pensando: "Ai que risada gostosa"
Por medo, timidez ou por ironia do destino
Ela decidiu dançar com o outro menino.
E lá estava ela, o motivo do brilho em seu olhar
Aquela que ele acabara de conhecer. a mais linda morena
Aquela que o fez tremer. e parece nem ter pena.
Todo mundo sorrindo e dançando. e ele em pé pensando:
"Da onde que surgiu essa menina.
Que certeza alucina com seu olhar.
Ela é agua cristalina, como piscina.
Parece ser gente fina. terei que arriscar".
O relógio marcava 4:30 e ele ainda estava acordado.
Se lamentando por não ter se apresentado.
Todo mundo em casa a dormir, e ele a refletir.
Quem seria o seu par. é, no inicio, ele só queria dançar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

CAPÍTULO XIV

E sol brilha convidando a todos para acordar.
Hugo ainda sonolento, não podia deixar de aproveitar.
Por mais que tivesse aula, o dia era perfeito para praia.
Ligou para uns dois amigos, procurando fazer algo que o distraia.
Com roupa da escola, de bermuda e mochila.
A praia estava deserta, parecendo uma ilha.
Hugo nunca foi fã de praia, sempre preferiu piscina.
Na verdade ele guarda como segredo
Pois de ondas grandes, o garoto tem medo.
O menino sentado na areia, lembrando sempre da menina
Na realidade ele a desenhava seus nomes na areia
Sonhando ser o príncipe de alguma sereia.
É, estava um amor platônico, totalmente sem limite.
Em uma festa em seu coração, Linda entraria sem convite.
Ela seria a dama de honra do evento.
A brisa que viraria vento, alcançando o solo do firmamento.
Ele sentia uma inspiração quando sentava em frente ao mar.
Aquilo o fazia muito bem, o fazia pensar, refletir, sonhar.
Com um discman para se ter alguma trilha sonora.
Hugo pensava em Linda a todo momento, a toda hora.
Enquanto seus amigos se divertiam jogando bola.
O menino se prendia dentro de uma pequena gaiola.
Essa cerca que o prendia na palma da mão da sereia.
O deixando prisioneiro em sua cadeia.
Mas que triste diário, recebia frases belas
Dessa que seria a novela das novelas.
Victor, percebendo Hugo meio sério, perguntou:
"Que foi? sentindo falta do colégio?
Fala cara, por que esse tédio?"
Hugo respondeu: "Nada, só uma simples doença sem remédio".
Ah o amor, a doce loucura, a doce tortura
o belo da beleza, o triste da tristeza.
E todos os seus amigos diziam:
"Mas cara, é hora de arriscar, expor seus sentimentos
Vai ficar guardando algo tão bonito ai dentro"
E Hugo respondeu: "Eu juro que até tento,
Mas quando vejo, já estou tremendo, que tormento
Não sei se tenho talento, nem sei onde estou me metendo"
Ah o amor, a bala perdida, a fruta proibida.
o riso de felicidade, o choro de saudade.
O dia era quinta-feira, Hugo e seus amigos
Tiveram uma conversa, quase que como um plano
Explicando como ele deveria dizer o tal: "Te Amo"
E a manhã foi acabando, e, hoje, nada mais resta.
Se for alivio, amanhã tem festa.

domingo, 9 de março de 2008

CAPÍTULO XIII

Depois daquele quase perfeito encontro
Hugo encontrou nas rimas uma forma de estar perto dela
E por mais que ela não veja, ele não marque ponto
Em seu coração, Hugo alimenta os capítulos dessa novela.

"Eu não sei quem é você, mas eu quero estar com você
Poder te ter, te tocar, se sentir, te fazer sorrir
Escrevo sem cartas sem remetentes, sem destino onde chegar
E as guardo em minha mente, triste e sozinho, tentando desabafar"

Era aguniante assistir Hugo pensando na menina enquanto
A via em algum retrato, isolado em um canto
Da sala ou do quarto, parecendo estar aos prantos
Mas sorria ao lembrar de Linda ao sorri,
Que maravilha tortura Hugo está disposto a seguir.
E ele entrava na página virtual da menina
Parecia estar cego, ou estar com alguma sina
Era uma perseguição mental no escuro
Era um coração leal com seu amor mais puro.
Linda havia ganhado o prêmio de poder desfrutar desse amor
Mas Hugo não sabia como expressar isso
Os papéis não dizem nada, e as cartas ele não mandou
Podre Hugo, perdendo a sanidade, a razão e o juízo
Ela era Linda de verdade e Hugo escrevia sua realidade
De como fica paralisado ao ver Linda e seu lindo sorriso.

"Olha lá, o sorriso dela me convidando para me apaixonar
E o seu olhar é coisa tão bela, contém nele o modo de me controlar.
Vejam só, todos olham para ele, tenho que me diferençiar
Fazer algo especial à ela, mas fico mudo não sei o que falar.
Sente só, o perfume dela, arrastando várias multidões
Faço tudo por um carinho dela, poesias, poemas e canções"

A cada carta não enviada era mais uma frase engasgada
Mas um motivo para se sentir nervoso, com medo
Mantendo um sentimento tão lindo em segredo
Vamos Hugo, essa viagem pode ter escalas
E outras pessoam embarcarão
Já pensou, se entrar um daqueles caras
E se tornar o rei de Linda e seu coração.
Pobre neo-romantico, está vendo muito filme de amor.
Vamos garoto, essa viagem apenas começou
E você já está se precipitando, pensando estar amando
Preste atenção, pés no chão, coração na mão
"É, pelo 'final-feliz' eu continuo esperando"
Ei Hugo, não é hora de pensar ainda.
Vai dormir e sonhar um pouco com Linda.
O dia era terça-feira e de alguma maneira
Hugo consegui dormir a tarde inteira
Lembrando que o amor, pode até trazer dor.
Mas no fundo, é uma eterna brincadeira.

sexta-feira, 7 de março de 2008

CAPÍTULO XII

Sexta-feira a noite, já estava certo dos dois se encontrarem
Hugo não via a hora de estar com Linda novamente.
E como que se perde observando uma bela paisagem
O pequeno garoto a vê em sua frente.
Tantas belas frases ensaiadas, frases feitas, perfeitas.
Mas o jovem sempre gaguejava, e a coisa certa nunca era feita.
Era engraçado Hugo estudando todos os movimentos da bela.
Como uma senhora assiste e analisa uma cena de novela
Hugo ficava estático ao vê-la sorrir,
Paralisado de corpo, alma e pensamento
E naquele momento o mundo parecia querer cair.
Cada encontro é como um belo e doce tormento
E como um leve vento que só assusta com o barulho
Mas não fere por fora nem por dentro.
E quando vai embora, deixa uma enorme saudade.
Onde a calmaria é bem pior que a tempestade.
Hugo tentava aproveita cada instante ao lado da menina.
Falava piadas, gracinhas só para ser a melhor companhia.
Ela retribuía na melhor maneira mais gente fina.
Enfeitiçava com seu olhar.
Pobre Hugo sem direção, sem rumo a tomar.
Todo tonto, perdido, sorrindo igual a um idiota
Nem piscava, como uma criança observa o voa da gaivota
Pequeno e sem ação, com a boca fechada,
Lembrava das frases ensaidas e não dizia nada
Mas cheio de coisas, sentimentos e palavras a falar.
Um segundo, um milhão, não dizia nada, porém não queria ousar.
Conversaram por duas horas e quando Linda foi embora
Foi como o coração de Hugo chorasse e apenas esperasse
O lindo e belo momento de Linda em volta
Pode ser depois, mas pode ser agora,
E agora, quem se atreva a dizer que essa novela tem rumo.
Nesse conto as coisas vão se desenhando, tomando forma.
Se encaminhando, e qualquer minuto se transforma.
Agora já temos duas bagagens.
Será que faltam mais personagens?
Senhoras e senhores comprem suas passagens
Para embarcar em uma viagem das viagens
Alegria como pano de funo
Rolando um sentimento profundo
E o amor enfeitando as paisagens.

segunda-feira, 3 de março de 2008

CAPÍTULO XI

Cheios de dúvidas do que estava a sentir
Hugo passou a noite em claros, é claro não conseguiu dormir
Entre sussurros dizia: “Persistir ou desistir.
Tentar descobrir ou parar por aqui?”
Pobre Hugo, tentando não se envolver onde já estava envolvido.
Querendo ao menos saber o que estava sentido.
Na volta da escola, conversou com Linda a tarde inteira
Mesmo que pela internet, mesmo que só de bobeira.
Eram risos e gargalhadas, cada um sua casa.
Essa distancia deixava Hugo com mais coragem
Com muito mais assunto, muito a falar.
Nessa viagem, já tinha feito sua bagagem.
E virtualmente, sabia tudo como usar.
Porém, internet é um meio frio, sem reação.
Nunca demonstre sentimentos como se fosse apenas
Mais alguma nova e simples informação.
Então Hugo ia devagarzinho tomando espaço no mundo de Linda.
A cada riso se tornava mais importante na vida da menina
Por mais que de início era só por amizade
Linda sabia que podia contar com Hugo de verdade.
E isso é importante para qualquer relacionamento.
Demonstrar uma confiança firme e um grande sentimento.
Os dois falavam de como foi bom ter se conhecido.
Linda até brincava: “Por onde você andava escondido?”
Aquilo tudo demonstrava um belo sentimento entre os dois
Porém ninguém saberia o que poderia vir depois.
A princípio, eram ótimos amigos
De início, guardavam segredos proibidos,
Os quais eles não sabiam quando iriam demonstrar
Qual seria o melhor de se expressar
E de falar o que tinha em seus corações
Nessa novela, eles queriam a melhor
De todas as declarações.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO X

Depois de ter encontrado a doce e bela Linda,
Sonhar era a coisa mais fácil do universo.
Ficava Hugo delirando e sonhando com a menina
Querendo sempre estar um pouco mais perto
Mas ele nunca soube o que fazer ao certo.
Ele nunca foi, nem fazia do tipo muito esperto.
Em matéria de sedução e conquista, Hugo nunca foi o topo da lista.
Sempre foi do tido ‘melhores amigos, melhores amores’.
Faz o tipo romântico a moda antiga, abre a porta, entrega flores.
Liga no dia seguinte, prefere conversar a acreditar em rumores.
Desse jeito, ele acabava se tornando um ótimo amigo.
Uma ótima pessoa, tipo um gay inofensivo, do estilo passivo.
E ele via tanta gente do estilo “escrota” se dando bem
Aqueles caras que não queria saber de nada,
Mesmo sem vergonha na cara, sempre estavam com alguém.
Só Hugo que nunca teria ninguém?
Mas essa história ainda vai mais além.
Afinal, ele não sabe o que Linda achava sobre eles juntos.
Vai ver, ela sentia o mesmo, mas também tinha vergonha.
Essa era a esperança que Hugo tinha em um próximo futuro.
E como uma criança que acredita no conto da cegonha
Hugo se vendou e correu atrás dessa resposta,
Dormiu decidido, que amanhã seria o seu dia de vitória.
Disse a si mesmo: “Amanhã eu começo essa história”
Calma neo-pequeno príncipe, primeiro tenha um bom plano
Tem certeza que terá coragem na hora de dizer “Te Amo”?
Em uma briga entre sentimentos, coragem e consciência.
Hugo desistiu de se declarar, esperou ter mais experiência.
Primeiro deveria saber aos poucos o que Linda por ele sentia.
Se o coração da moça quando o via também tremia.
Essas coisas não se dizem com a declaração ou frases a rimar
Diz-se exatamente no silêncio do olhar, nas mãos a suar.
Amanhã, começaria o final de semana e Hugo deitado em sua cama.
Pensando, tentando e sonhando: “Será que Linda me ama”.
Pobre Hugo, suas maiores declarações
Eram feitas no seu quarto com a luz apagada.
Pareciam que só a parede, sem nenhumas emoções
Queria ser sua única e apaixonada namorada.
E por mais que ela possa ouvir.
Ela não sente, não ama, nem simplesmente consegue sorrir.
Assim como Linda, ela também continuava calada.
Sem falar de sentimentos, sem dizer nada.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO IX

Hugo já estava perdendo as esperanças, cansado de procurar
Nesses momentos surgem inseguranças, algo só iria atrapalhar
Na noite de quinta, conversando com os amigos na praça
Hugo avistou Linda, e mesmo de longe já ficou sem graça
Naquele momento um turbilhão de sentimentos
Deixando-o feliz, triste e perdido, tudo ao mesmo tempo
E quanto mais Linda vinha se aproximando
A cabeça de Hugo iria parando, pirando.
Ela chegou e falou: “Hugo, você está vivo
Que bom, para mim você já tinha morrido de saudade”
Hugo tentou ao máximo ser criativo
Para não parecer muito inativo
Respondeu: “Sim, te procurei por toda a cidade”
O erro das pessoas como Hugo é dizer verdades em tom de ironia.
É se esconder atrás da timidez algo que ele não sabia
Eles ficaram conversando por alguns minutos
E não tiveram nenhuma conversa de super interessante
Mas para Hugo aquilo serviu de impulso
Para o pulso do seu coração ser bem mais constante.
Hugo ficou observando Linda partir,
E cada passo ele começava a sorrir.
Sem nem saber o por quê, mas ele não conseguia parar.
Ficava pensando: “É Linda, é você. Aonde isso vai acabar?”
Estava sem resposta, rumo ou o que estava sentindo.
Embarcou nesse romance, acreditando em destino.
Acreditando em amor que não cabe em rimas e nem poesias.
Pensando ter encontrado a única menina que lhe traga alegria.
A única que seria causadora do tremor de suas pernas
Do suor frio quando ele sente sua presença
Pobre Hugo, perdido entre sentimentos e dúvidas eternas.
Em uma caverna escura, sentindo medo e sem lanternas
Mas decidiu se jogar, correr atrás de alguma recompensa.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO VIII

Já estava ficando chato estar em casa a toa.
Sempre com o pensamento longe, em uma só pessoa.
Quando tocava o telefone, Hugo ia correndo para atender.
Mas não era ela, se lamentava: "Linda por que não é você?"
A solidão já estava tomando todo o seu tempo.
Cada segundo sem vê-la aumentava o sentimento.
Arrumou alguma desculpa só para passar perto de sua porta.
No caminho, chamou um amigo para lhe fazer companhia.
Porém, quando estão na metade do percursso
Algo que lhe fizeram mudar o curso, um terrivel dilúvio.
Hugo admitiu a derrota: "Pronto, agora está tudo uma droga"
E cada gota que o tocava levava sua pouca alegria.
Ensopado, sentou na calçada e começou a desabafar:
"Cara, é impossivel isso que está acontecendo.
Nem eu estou mais me reconhecendo, estou enlouquecendo.
Eu ouço uma canção já a imagino Linda no refrão.
E quando fecho os olhos, a vejo. Sonho tanto com seu beijo.
Pelo amor de Deus, tira de mim esse louco desejo"
Em uma mistura de chuva com lágrimas sinceras
O silêncio se fez presente naquela tarde.
Hugo apenas voltou para casa e ficou na espera.
De algum céu azul que o limpe dessa saudade.
O garoto encontrou Linda por três ocasiões.
Hoje, ele completa quatro dias sem sentir a sua presença.
E naqueles três dias criaram lindas emoções.
Porém, esses quatros estão parecendo sentenças.
Hugo só sorria quando a via em fotos e imagens.
Lembranças dos encontros ele guarda como bagagens.
E essa mala de memórias ela não está pronto para desfazer.
Hugo se encontra em viagem onde não sabe o que irá acontecer.
Não sabe o seu destino, nem quanto tempo terá esse passeio.
Nessa novela, ainda falta muita coisa para chegar no meio.
Pegue um copo, puxe uma cadeira, não tente advinhar o futuro.
Arrume um colo, ainda não é a saideira, amanhã pode mudar tudo.
Pobre Hugo, voltou para casa apenas com beijos de chuva.
E para quem queria morangos, teve que se contentar com uvas.
O dia era quarta-feira, 3 de agosto de 2005.
Estamos apenas começando, atenção senhoras e senhores
Está partindo o avião de dores, rumores e amores.
Tenham todos uma boa viagem e apertem os cintos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO VII

"Então, você se importa se eu não sei o que dizer?
No fim, se resume a 'eu gosto muito de você'
E qualquer palavra ou frase que sair da minha boca.
Terá uma mensagem escondida, subliminar.
Sobre um garoto que não sabe o que é amar.
Porém, acredita que ama uma garota.
Eu entendo o seu silêncio, você deve estar perdida".
"Acorda Hugo! 20h, vai colocar sua comida".
Assustado, o garoto acorda na pior.
"Calma, já estou levantando, Vó"
Delírios e sonhos já estão sendo suficientes
Para aumentar os sentimentos existentes.
Depois de jantar, Hugo foi na rua respirar um pouco.
Chegou a falar: "André, já estou ficando louco"
André era seu vizinho e quase membro da família
Os garotos se viam praticamente todos os dias.
E quando Hugo estava perdido ou o pedia algum conselho
Ou, de vez em quando, ficava ensaiando o que dizer no espelho.
Ninguém tinha idéia de quantas vezes ele repetiu a mesma cena.
Por mais que seja uma bela declaração, não valeria a pena.
O garoto, com medo de levar um "não",
Contentava-se com os sim imaginários.
Contentava-se com beijos na bochecha, ou aperto de mão.
Parecia um peixe querendo estar em dois aquários.
Tinha horas que apelava até para o lance do signo.
Só para ver se ela parecia um pouco contigo.
E, inacreditávelmente, Linda se parecia tim-tim por tim-tim.
Depois de ler, suspirava: "Ah eu disse que ela nasceu pra mim".
Aquele amor voltava com grande força.
E aumentava ainda mais as saudades da moça.
Foi jogar bola para tentar esquecer.
Porém qualquer gol que marcava, pensava: "Linda, para você".
Chegamos ao fim da terça-feira.
Hugo tomou um banho gelado.
Ligou o ventilador e o ar-condicionado.
Só para sonhar com Linda a noite inteira.

CAPÍTULO VI

Na manhã de segunda, com um jeito de apaixonado.
Hugo acorda tarde e chega na escola atrasado.
Acordando não de um sonho, mas de o sonho
Acho que nem conseguiu dormir, suponho.
E nada tirava o brilho no seu rosto, Estava tudo no seu gosto.
Seu amigo Victor reparou alguma diferença
E Hugo respondeu: “Não é isso que você pensa”
Mais 20 minutos de conversa Hugo contou todo o seu conto de fadas
E Victor brincou: ‘Só está faltando um gênio e um ursinho com asas”
Hugo gargalhando reconheceu: “Falta saber é se eu sou o par”
Victor: “Mas isso ninguém sabe, o jeito é tentar”
Timidez e amor simplesmente não combinam
Por mais que os sentimentos são lindos, não rimam.
Hugo cada vez mais queria estar com ela
Mas ainda era início de semana
Contos de fadas, bobos, príncipes e cinderelas
Cada um tem seu personagem no trama.
Linda o via como seu melhor amigo
Hugo chegava a pensar estar fazendo algo proibido
E quando pensava demais falava sozinho: “Qual o perigo?”
9h40 da manhã, assistindo ou quase dormindo na aula de geometria
Ficar desenhando corações com o nome Linda o trazia alegria
Depois disso, olhou o rosto da moça mais de trezentas vezes.
Parecia que Linda estava na beleza de todo os seres.
O pobre garoto ficou perdido na hora recreio
Parou e pensou: “Será que posso ser perfeito?”
Calma menino, nos contos de fadas sempre tem uma fada madrinha
Tornando, em um passe de mágica, em nobre que era plebeu.
E nesse mundo nenhuma pessoa está sozinha.
Todo mundo tem o seu momento, amanhã pode ser o seu.
10h30, bate o sinal convidando todos para subir.
Aula de química até 13h e Hugo a sorrir.
Vai o garoto aprender sobre estequiometria.
O dia era Segunda, estava um calor e tanto.
E Hugo no canto, parecia um tonto
Procurando em outras a sua estrela-guia.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO V

Chegando em casa, dormir não era uma simples tarefa
Virava de um lado para o outro, mas o sono estava longe
Ligou a televisão: "Ai meu Deus, nada me interessa.
Queria fugir, virar padre, jogador, virar monge".
Quando não há certeza do que está sentindo
Parece que tudo que acontece tem algum sentido.
De repente, toca uma música que pareça sua história.
E te faz ter novo aquela garota em sua memória.
Hugo fechava os olhos e via Linda brilhar.
Ficava sonhando e delirando com ela a te beijar.
Decidiu então investigar a vida da menina.
Entrou na internet e revirou de baixo pra cima.
Com quem Linda anda, e se tem alguém de maldade.
Se ela gosta de caras fortes, bonitos ou legais.
Descobriu que a garota andava com o pessoal da alta sociedade.
E lamentou: "É, essa eu não vejo nunca mais."
Eram mundos extremamente diferentes.
Ela era patty e ele não gostava dessa gente.
Mas no fundo, ele sabia que Linda não era assim.
Eram 3h da manhã e ele desejando: "Eu a quero pra mim"
Todo mundo sabe que querer não é poder.
Nessa novela o dia de amanhã ninguém consegue prever.
Hugo então se deitou em sua tormenta.
Ligou o rádio e começou a ouvir música lenta.
Mesmo sem entender quase nada de inglês
Para ele, era o verso de amor mais belo que já fez.
Lifehouse era a perfeita trilha sonora.
Para Hugo e a garota que adora.
"Everything", "You´n´me" eram algumas das canções.
Fazendo o garoto sentir um abalo imenso de emoções.
Confusões, dúvidas e promessas do destino.
A pobre ilusão fazendo companhia ao menino.
E ele falando sozinho: "Será que ela está pensando em mim agora?"
Hugo é melhor ir dormir, pára de ouvir "Me Namora".

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO IV

No domingo, acordou duas horas antes do horário previsto
Tomou banho, se pentiou, se arrumou. Queria estar bem vestido.
A cada traço de vaidade, ficava tentando descobrir a verdade.
Se era só amor o que estava sentindo, ou só uma grande amizade.
Mas, de início, para ele isso nem importava
O que ele queria era estar com sua amada.
Nem que ganhasse um beijo no rosto ou um abraço apertado.
O muito pouco é muito para quem está apaixonado.
Chegou no local às 9h em ponto.
Hora que Linda afirmou que ia chegar.
De tanto procurá-la ficou tonto.
A cada segundo o mundo girava mais devagar.
Eis que surge a garota dobrando a esquina.
Os seus olhos brilharam quando avistou a menina.
Como num filme, tudo ficou em camera lenta.
Ele ficou imóvel, pensando: "Ai meu Deus,
Não sei se tudo isso o meu coração aguenta"
A cada passo, Linda ganhava espaço em seu coração.
"Não sei o que faço, pareço um palhaço sem o riso da multidão".
Era um sentimento puro e mais fiel do mundo
Não era simples como parecia aparentemente.
Mas ao lado dela Hugo só ficava mudo.
Nunca sabia dizer o que realmente.
Aproximou-se e disse: "Bom dia anjo"
Estava linda de sandália baixa e vestido branco.
E Linda respondeu: "Bom dia, e ai muita saudade?"
Ele rindo e pensando: "Mal sabe ela que disse a verdade"
Naquele ritmo, parecia que se conheciam há séculos.
Quase amigos de infancia, mas amigo não é o que ele queria ser.
Escondia um amor certo, ela chegava perto, gaguejava ao dizer.
Pobre Hugo, se tornando escravo de um amor unilateral.
Infelizmente, ninguém sabia o que Linda sentia na real.
Partindo disso, o garoto tentou conhecer Linda pelas suas amigas.
Fez amizade, investigou, o amor por ela dizia: "Vem, me siga"
E ele corria atrás feito um cão sem dono, uma criança no abandono
Se apoiava em tudo que a garota tocava. Ela realmente era mágica.
A hora de partir se aproximava, quando o garoto tomou coragem
e perguntou: "Me diga, seu msn, telefone, endereço"
Ela respondeu tudo certo e até nisso arrumaram motivo para sorrir.
Era engraçado quando os dois começavam a discutir
Quem é melhor Vasco ou Flamengo.
Pobre Hugo, não sabe está ganhando ou perdendo
Realmente, o garoto não sabe onde está se metendo.

CAPÍTULO III

Logo depois do almoço. ele tentou parecer outro moço.
Quis demonstrar uma falsa segurança, mas com atitude de criança.
Decidiu então fazer aquele típico "doce" ou charme.
Estava tenso igual a um bandido quando tocam o alarme.
Fechou a cara, ficou todo frio. Chegou a parecer sombrio.
Linda então perguntou: "O que houve com você, está chateado?
Me responde, por favor, fiz algo de errado?"
Com um rosto meigo daquele ninguém consegue mentir
O charme de Hugo acabou quando viu a menina sorrir.
E daquele frio todo, ele ficou inteiramente derretido.
Não sabia o que falar, o que fazer, totalmente perdido.
Ela tinha 15 anos, dois a menos do que nosso garoto.
Era uma criança sapeca: "Ela é um tesouro"
Suspirava o menino quando Linda passava.
Dava alegria, Hugo sempre a observava.
Chegando o fim da tarde, eles só teriam mais 1 hora.
Pobre Hugo, não queria mais saber de ir embora.
Então, perguntou: "Linda você volta amanhã?"
E ela respondeu: "Volto sim, chego às 9h da manhã"
Hugo era só uma alegria por dentro, saiu falando besteira
Abriu seu coração, mas depois disse que foi brincadeira.
Em um clima descontraído, disse: "Eba, amanhã vou te ver.
Não conta para ninguém, mas vou morrer de saudades de você".
Foi a coisa mais sincera que ela havia dito na vida.
A primeira vez que ele disse coisas assim à uma menina.
Mesmo que fossem verdades escondidas em piadas.
O brilho dos seus olhos não o deixavam enganar.
Seus encontros mais pareciam cartas marcadas
Porém, ainda havia muita coisa a se desvendar.
Hugo voltou para casa cantando, alegre e feliz
Pensando ter encontrado quem ele sempre quis.
Chegando em casa, pegou uma simples caneta e um papel.
Escreveu contando que encontrou um anjo do céu.

"A Linda é linda, mas não é minha ainda.
Os seus olhos falam por mim, nem sei quem sou no fim.
Se eu perguntar, será que ela responderia sim?

A Linda é linda, como não tem ninguém ainda?
No seu abraço, meu mundo pára. Eu sempre perco a fala.
Começo a suar frio, meu coração dispara.

A Linda é linda, mas não é minha ainda"

Foi inevitável não sonhar com a bela.
Pensou ser o príncipe da sua cinderela.
Mas ninguém sabe o rumo dessa novela.
O mês era Julho, estava no fim de sábado
3h da manhã e ele sonhando acordado
Lembrando da Linda, a linda donzela.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO II

No dia seguinte, tiveram seu primeiro dia juntos
E apesar de não se conhecerem, não faltaram assuntos
Quando o silêncio era o que se ouvia no ambiente
Começavam a cantar músicas de adolescentes
Eles descobriam uma coisa em comum a cada segundo
Como se, mesmo longe, vivessem em um só mundo
Hugo fazia Linda sorrir como mais ninguém
e Linda deixava Hugo babando igual a um neném
Mas o que esperar de duas pessoas se dando tão bem?
Será amor ou só amizade e nada além?
No início de qualquer relacionamento
Logo de cara, já nasce algum sentimento
Seja ele bom ou ruim; Seja de amizade ou de amor.
Seja no início ou no fim; Seja de alegria ou de dor.
Essas e mais milhões de duvidam reinavam a cabeça do menino
Pensar nela a toda hora, querer vê-la, tocá-la. "Será destino?"
Perguntou mesmo sabendo que ninguem teria essa resposta
E bastou um olhar de Linda para ele fazer tudo que ela gosta
Nessa corrida de sentimentos, ele, infelizmente, saiu na frente.
Por vários momentos, ela era que reinava eu sua mente.
Olhou no relógio, marcava 8h40.
2h ao lado dela e ele já estava sonhando acordado
Até o fim da noite, será que ele aguenta?
Mais um segundo e ele estaria apaixonado.
Ele ainda meio quieto, como costuma estar de manhã
Começou baixinho, sussurando cantando Forfun.
Aquela banda que ele achava que só ele conhecia.
Ela o acompanhou no canto, enquanto arrumavam a mesa da cozinha.
Hugo, então pensou: "Quem está realizando esse complô universal?
Ela já é tão linda, e ainda possui um gosto igual
Está tudo conspirando ao seu favor. É acho que vai virar amor"
Decide o menino, que acreditando em destino
Abriu seu enorme coração ao que era duvidoso.
E nos olhos da moça possuia uma força
que o prendia como um cão procurando osso.
Eles não tinham passado nem um dia lado a lado
E ele já estava apaixonado. A carência o deixava largado.
Era só insegurança, parecia uma criança de olhos fechados.
Hugo então perguntou: "Linda, você namora?"
Ela respondeu: "Não" e complementou: "Por que isso agora?"
Ele sorriu e fez outra pergunta: "Como não tem ninguém?
Diz para mim, você deve ser chata ou não cheirar muito bem"
Linda caiu na gargalhada: "Estou a espera do príncipe encantado,
Mas ja passou tanto tempo, ele está meio atrasado".
Ele não sabia se comemorava ou ficava triste.
Ela não tinha ninguém, mas será que esse príncipe existe?
O Sol castigava o público que o aplaudia.
Tempo aberto, 38° graus quando era meio-dia.
E Linda, por ser braquinha, ficava com o rosto rosa.
Hugo suspirava no canto: "Como ela é maravilhosa"
Chegara a hora dos dois irem almoçar.
Será que ele vai se apaixonar?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

CAPÍTULO I

Tudo começou em um dia normal.
Ele, Hugo, quando a viu pela primeira vez
Ela estava de costas. seu cabelo cobria toda a nuca.
Naquele momento, já não estava tão normal
Começou a não querer mais de três, seis.
Decidiu ali, ou seu coração decidiu, só querer ter uma.
E ele pensando: "Que coisa maluca, nem a conheço
e já quero saber seu nome, endereço, telefone
Será que é da minha rua? Mas eu nunca a vejo
Como vou me aproximar? Eu não sei o que falar"
Ela se chamava Linda e, por obra do acaso ou ironia do destino,
Quando virou, ela estava sorrindo tornando o momento mais lindo
Ela realmente fazia jus ao nome. Era perfeita nos mínimos detalhes
Encantava à todos os rapazes. Sempre atraía todos os olhares.
E ele pensou: "Pronto, perdi esse jogo.
Ela deva estar saindo com algum outro garoto."
Mal sabia Hugo que Linda era do mesmo
Grupo em um trabalho voluntário.
Quando ela se aproximou, ele ficou igual a um otário
babando e falando um idoma enrolado, todo atrapalhado.
Ela só ria do jeito bobo dele e disse: "Você é engraçado".
Aquela voz doce entrou em seu ouvido como canto.
E ele meio atordoado não sabia de onde vinha tal encanto.
E no meio daquela mistura de suor frio com idoma confuso:
Ele disse: "Prazer, tenho 17 anos e me chamo Hugo"
Mas com o coração ele disse: "Seja bem-vinda"
E ela respondeu: "O prazer é meu, Linda"
Então ele brincou: "Isso eu já vi que você é,
mas agora me diga como realmente se chama"
Ela caiu na gargalhada e disse: "Ah pára, me deixou com vergonha"
Hugo não conseguia parar de olhar para ela.
O mês era Julho, já era noite na cidade
E naquele dia começava mais uma novela.
Ou de amor eterno ou de eterna amizade.