comédias românticas são palavras

a cada capítulo, um estímulo;

domingo, 30 de março de 2008

CAPÍTULO XX

Com a chegada da virada de mais um ano
Hugo se encontra perdido, sem plano
Sem trilha, caindo em uma armadilha
Na qual ele mesmo criou.
De olhos fechados caindo ladeira abaixo
Do alto de morro, chamado: "amor"
Com toda aquela festa convidou Sophia
Para passar o ano novo com ele
Era o momento feliz, cheio de alegria
Hugo tinha uma que queria ao lado dele
Foram a uma praia ver a queima de fogos
E o amor os convidando a mais um de seus jogos
Sentando em frente ao mar
Hugo sem graça, sem saber o que falar
Ela estava linda de vestido prateado
E Hugo ficava mais apaixonado
Seu cabelo se perdia no balanço do vento
E Hugo se perdia em seu olhar a dentro
"Nem sei aguento", pensa o garoto ao relento
Sentido a maresia da água salgada
E delirando com a barulha de Sophia em sua risada
Espalhando o sentimento ao seu redor
Com ela, Hugo não se sentia tão só
E quando alguém começou a contagem regressiva
Sophia ficava ainda mais apreensiva
Do 5 caiu ao 1 de maneira lenta, demorada.
E eles se olharam, pensaram, mas não falaram nada
Apenas o "feliz ano novo" tão clichê
Até que ele diz: "É tão bom estar com você"
Pobre garoto bipolar, não sabe quem amar
Aquele momento o Deus do amor começou a gargalhar
Ela retribui dizendo, sempre em tom de ironia
Ao melhor jeito de ser Sophia:
"Até agora, você é o garoto mais bonito que falou comigo em 2006"
Eles ainda riam, quando uma senhora com uma rosa: "É pra vocês"
Hugo disse: "Não, é para ela, me presente de ano novo"
Sophia retribui em um jeito carinhoso: "Ai que fofo"
O brilho do olhar com a morena sorria
Hugo quase morria, suspirava: "Ai Sophia"
E foi assim: "Ano novo, vida nova"
Mas todo mundo sabe que essa novela ainda está no meio
Querer saber o fim é uma ova!
Não existe meio que descubra isso em cheio.
Conversaram por horas naquele 1° de Janeiro
Hugo sentiu-se por inteiro e foi dormir com seu cheiro
Suspirava de 2 em 2 segundo em seu travesseiro.
O dia acabou, mas o ano apenas começou
Com Hugo e suas duas histórias de amor.

quinta-feira, 27 de março de 2008

CAPÍTULO XIX

Luzes coloridas, música alta e Hugo cercado de gente
Olhos perdidos, sentindo a falta de quem a deixe contente.
Curtindo um pouco das férias, ele saiu com os amigos
Se entregou nos perigos e espalhou simpatia
Por fora era só felicidade, estar ao lado da amizade
Mas por dentro a realidade, sofrer era o que sentia
Estava perdido entre Linda e Sophia
O amor é um produto sem garantia
Não se pode simplesmente trocar por outro da moda
Não se pode girar como uma simples roda
Mas ele não sabia o que fazer
Linda foi a primeira que o fez tremer, porém ela como um sonho.
Sophia foi a que te sorrir, mas Linda também o deixava risonho.
Então, qual será a melhor rua a seguir?
Olhando a Lua, fingindo não ligar, não se importar
Resolveu sair, esquecer, apenas deixar isso para lá.
Mas estar sozinho não é ficar só
E, sim, sentir-se sozinho com várias de pessoas ao redor.
Resolveu ligar para Sophia: "Alô, Sophia!?"
"Não, é a fada madrinha. E quem incomoda a essa hora?"
"Sou eu, Hugo, desculpe. Eu estava indo embora e e resolvi ligar"
"Não se culpe, não chora", brincava a moça. "E aonde você está?"
Hugo: "Sei lá, estou andando de bar em bar"
"Calma Hugo, você não cansa de me procurar?"
"É está difícil, bem que você poderia me dar alguma dica"
"OK, continue assim". E Hugo complemente: "Vai, exemplifica".
"Olha eu estou na minha casa, já deitada no meu ninho"
"Você está dormindo?" "Sim, estou sonhando acordada",
Responde com aquele ar de sarcasmo.
"Nossa! Que piada sem graça. Um dia eu te encontro no caminho
Vou te olhar, sorrindo, te largar abandonada
E ser falso igual a uma mulher quando finge orgasmo"
E o assunto rolou a noite toda, era Hugo irônico de um lado
E Sophia mais irônica ainda do outro.
Hugo parece que está ficando apaixonado
"E o que tem de errado. Tem piratas que gostam de dois tesouros"
Mas nesse céu estrelado ainda falta uma estrela
Que está longe, porém mesmo sem vê-la
Brilha no dia do menino. Linda está em seu destino
De forma positiva ou negativa, pobre vascaíno.
Não desista, você é do time da virada
Será que antes da virada do ano
Você ganha essa jogada ou perde essa bolada?
As torcidas estão confiantes, estão totalmentes dispostas.
Senhoras e senhores, façam suas apostas
No canto direito, Linda Albuquerque
E o que quer que Hugo faça, não a tira da cabeça.
Branquinha, com suas bochechas rosas
Algumas sardinhas, maquiagens maravilhosas
E ai Hugo, o que você quer que aconteça?
No canto esquerdo, Sophia Duarte
A que parece uma obra de arte, a que surgiu tarde
Mas já causa um alarde dentro de Hugo e seu coração covarde.
Morena, com um cabelo longo, negro e liso
E no meio, Hugo com seu jeito impreciso
Olhar confuso, coração partido, perdido e invertido
De dentro para fora. emoções no canto da boca
Ri, imagina, chora. Corações em uma viagem louca.
O vôo está muito alto para descer, muito rápido para parar
E Hugo prestes a enlouquecer, sem saber aonde vai chegar.

domingo, 23 de março de 2008

CAPÍTULO XVIII

A conversa era Hugo com seu jeito engraçado
E Sophia falando sobre seu jeito mau-humorado.
Ela o fazia lembrar de sua irmã mais velha.
Toda cheia de atitude, preferia ser a Sininho do que a Cinderela.
Ela era morena, tinha o cabelo negro e longo
E ao longo do tempo, a afinidade vinha surgindo.
Ela tinha um sorriso branco e brilhoso
Era maravilhoso o momento, e ele a deixava sorrindo.
Era o típico caso: "Os opostos se atraem".
Ele era "sim", ela "não", ele era "não", ela "sim".
E quando os corações orgulhosos distraem
Eles sempre se acertavam no fim.
Ela era marrenta toda vida, tinha seu jeito.
Seu cabelo liso e com um penteado perfeito
Ela dizia: "Eu fui uma das primeiras a usar o cabelo desse modo.
Usando a franja presa e o lado do cabelo solto".
Com tantas diferenças, o Cúpido dizia: "Eu me ajeito, me acomodo"
Nem precisa dizer que Hugo já estava ficando louco.
Ela tinha estilo, o impressionou,
Mas ele não sabia o que estava sentindo.
Quando foram ver, o relógio voou.
Eram 4h30 e foram se despedindo.
Nessa longa conversa esclareceram as dúvidas.
Ela o achava marrento, exibido, tipo garoto metido.
Ele o achava marrenta e confirmou isso no assunto.
Se deixaram levar e totalmente de forma não lúcida
Criaram um ritmo próprio, único e descontraído.
E o garoto foi dormir inegavelmente perdido
Tentando achar uma luz sobre o que está sentido.
E na dança o que era dupla, se transforma em conjuto.

sexta-feira, 21 de março de 2008

CAPÍTULO XVII

E como quem olha o mundo todo de cima.
Hugo observava em cada canto, cada esquina.
Tentando de alguma forma enxerga aquela menina.
Que lhe faz sonhar, que lhe causa alegria, que lhe anima.
Com essa viagem de Linda a saudade é fato.
"Ficar sem vê-la é um saco, que chato"
Reclama o pobre solitário, que como uma criança no armário
Se perde em seu mundo imaginário, sorrindo igual a um otário
Só faltava babar quando lembrava da moça.
"Que linda, que boca, que pele, que coxa"
Em uma conspiração de amor dos Deus do cupido
Quando Hugo fechava os olhos
Tinha momentos maravilhosos
Era Linda falando baixinho em seu ouvido.
Momento sobrenatural, entre o seu quarto e janela.
Momento sensacional, quando olhava o retrato dela.
Eram 20h, noite de sua formatura
E sua maior tortura, era saber que Linda não o veria.
Arrumou-se, ajeito-se de forma mais pura
Mas sua maior loucura, foi vê-la sentada na primeira fila.
Sabe quando o amor ultrapassa os limites da razão;
Quando o seu corpo inteiro não cabe o tamanho do coração.
Hugo enxergou Linda em mais de 28 garotas.
Exageradamente sem ter tomado nada, nenhuma gota.
Depois da sua colação de grau, despediu-se dos seus amigos
Festejaram um pouco, mas era um momento triste.
Nada mais seria normal, cada um por si na vida e seus perigos.
Tentar marcar de se ver, sempre nas despedida: "Me visite".
Já em casa, conversando com outras pessoas pelo computador
Encontra Sophia on-line, mesmo sem nada de especial
Começaram a conversar sobre a vida, dor e amor.
Por mais que a tristeza reinava, Hugo achou aquela noite legal.

segunda-feira, 17 de março de 2008

CAPÍTULO XVI

Novela que é novela de verdade
tem que haver coisas para complicar
Confundir, iludir, nem é por maldade
Coisas acontecem, pessoas novas aparecem
E todos nessa dança ainda querem o seu par.
A primeira vista, Hugo se deixou levar pela morena
Com seu olhar difuso, o deixando confuso
Quando a bela moça entrou em cena,
Hugo até pensou em mudar o curso,
Quis fugir para um outro percurso.
Mas, pela maldita ironia do destino
A dúvida vinha ao som de um sino
Que toca a fundo em seu ouvido
Parecendo o deixar punido, por ter um coração
E duas meninas o dividindo. que confusão.
Correu atrás para descobrir um pouco da jovem
E como alunos tristes quando os reprovem
Descobriu que ela e Linda eram amigas de verdade
Era o inicio do tormento, que maldade
Ele olhava ao céu, meio que perguntando:
"Deus, onde eu estou errando?
Por que tanta dúvida? Estou me machucando".
Pobre Hugo, se não dava conta de uma menina
Imagina 2? como seria? que triste sina.
E no auge daquela dúvida, quis andar um pouco na rua.
Respirar, olhar a lua, e de repente, na sua frente
Surge Linda, com sua pele branca e um brilho no rosto
Causando eterna inveja às estrelas, elas tinham desgosto.
Linda era a perfeição em si, e quando a garota sorri
O mundo caminha em camera lenta, uma deliciosa tormenta.
Eis que ela diz: "Que história é essa dançar com Sophia?
Ela não é para ser sua companhia. Sou ciumenta"
Pequenas verdades em tom de brincadeira.
Pequenas maldades, imensa fogueira.
Hugo com o coração em chamas, pensando:
"Será que ela também me ama". e disse:
"Calma, só você pode ser minha primeira dama".
Aplausos do universo, pelo texto mais sincero
Que o menino disse até o momento.
E complementou: "E isso é terno, assim espero.
Até o nosso casamento". Rápido demais, falou em sentimentos.
As vezes o silêncio ocupa os espaços
E naqueles longos 4 segundos
Hugo perdeu os passos, a deu um abraço
Apertou bem forte, bem profundo
A colocando no fundo do peito, querendo ser perfeito, disse:
"Deixa isso pra lá, você ainda é o meu par".
A multidão foi ao delírio, foi como colírio
Ouvir Hugo dizer aquelas frases perfeitas.
E com um olhar de já estar satisfeita
Linda falou: "Preciso ir embora, outro dia
A gente volta a conversar sobre isso.
Vê se não chora, e quanto a Sophia.
Rapaz, tome muito juízo".
Aquela noite foi um espetáculo sem plateia.
Um cena de novela sem espectadores
Dois lobos longe de sua alcateia
Um desamor experimentando os amores.
E assim é a vida, que pode parecer uma rua sem saída.
Mas ela tem suas esquinas, tem suas doces meninas.
Hugo não queria nenhuma, hoje quer duas.
Onde é uma Avenida, ele encontrou mais ruas
E no fundo sabe quem realmente deseja
Por quem o garoto fica no escuro.
Aquela por quem ele mais gagueja.
Por quem sente seu amor mais puro.
Estamos no ínicio de Dezembro
Como todo fim de ano,
Linda ficará fora por algum tempo
E o garoto na cidade só esperando
Para poder retomar o assunto
Para poder de novo estar junto
Com sua princesa, assim sua realeza
Voltará a ficar completa, e o que lhe resta
É sair andando e cantando sobre o amor
E como é estar, de verdade, amando.

sábado, 15 de março de 2008

CAPÍTULO XV

O relógio marcava 20h30, ele nem tinha se arrumando ainda.
Seus amigos já o gritavam la fora, enquanto ele escolhia a camisa.
Era uma festa banal. era uma festa normal.
Não teria nada de sensacional.
Até porque Hugo não sabia se Linda iria
Ela, a menina que vem tomando conta dos seus dias
Logo na entrada, mudou seu pensamento.
Quis ir até seu apartamento e se arrumar
De um jeito mais formal, quis parecer perfeito, o cara mais legal.
Lá estava Linda, a causadora do seu suor no inverno
Aquela que ele não tira da cabeça,
A que o leva para o inferno Ou ao paraíso,
Não importa o que aconteça, ele perde o juízo.
E todo mundo sorrindo e dançando. e ele parado pensando:
"De onde vem toda beleza e
Mesmo que ela não mexa, me faz suspirar?.
Ela é uma linda princesa,
Que em sua realeza, não sou capaz de entrar".
Então resolveu disfarçar, esfriar o momento.
Ficou conversando, enquanto Linda era a rainha do evento.
E nessa história de amor, os personagens não estão resolvidos
Será que a nova princesa chegou? E já o deixou de queixo caído.
Em meio a olhares perdidos, eis que entra entra em cena
A mais linda morena, de nome desconhecido.
Mas de beleza extrema, um diamente perdido.
Enquanto tocava sua música preferida, ela dançava com sua amiga
Sorria e fechava os olhos, fazendo daquele segundos maravilhosos
Já era 3h da manhã, o clima de festa iria caindo, todo mundo só.
Quando o DJ pensou que o melhor era colocar um pouco de forró
Começou baixinho, com "Moreno me convidou para dançar um xote"
E Hugo não conseguiu parar de olhar aquele belo decote
A princesa sem nome, começou a dançar com sua colega, que brega.
Hugo juntou mais um amigo e disse: "Vem comigo".
Chegou à elas e falou:"Acho que vocês sabem,
Mulher com Mulher vira jacaré", E com aquele de papo de mané
Hugo arrancou mais sorrisos da misteriosa
E ele pensando: "Ai que risada gostosa"
Por medo, timidez ou por ironia do destino
Ela decidiu dançar com o outro menino.
E lá estava ela, o motivo do brilho em seu olhar
Aquela que ele acabara de conhecer. a mais linda morena
Aquela que o fez tremer. e parece nem ter pena.
Todo mundo sorrindo e dançando. e ele em pé pensando:
"Da onde que surgiu essa menina.
Que certeza alucina com seu olhar.
Ela é agua cristalina, como piscina.
Parece ser gente fina. terei que arriscar".
O relógio marcava 4:30 e ele ainda estava acordado.
Se lamentando por não ter se apresentado.
Todo mundo em casa a dormir, e ele a refletir.
Quem seria o seu par. é, no inicio, ele só queria dançar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

CAPÍTULO XIV

E sol brilha convidando a todos para acordar.
Hugo ainda sonolento, não podia deixar de aproveitar.
Por mais que tivesse aula, o dia era perfeito para praia.
Ligou para uns dois amigos, procurando fazer algo que o distraia.
Com roupa da escola, de bermuda e mochila.
A praia estava deserta, parecendo uma ilha.
Hugo nunca foi fã de praia, sempre preferiu piscina.
Na verdade ele guarda como segredo
Pois de ondas grandes, o garoto tem medo.
O menino sentado na areia, lembrando sempre da menina
Na realidade ele a desenhava seus nomes na areia
Sonhando ser o príncipe de alguma sereia.
É, estava um amor platônico, totalmente sem limite.
Em uma festa em seu coração, Linda entraria sem convite.
Ela seria a dama de honra do evento.
A brisa que viraria vento, alcançando o solo do firmamento.
Ele sentia uma inspiração quando sentava em frente ao mar.
Aquilo o fazia muito bem, o fazia pensar, refletir, sonhar.
Com um discman para se ter alguma trilha sonora.
Hugo pensava em Linda a todo momento, a toda hora.
Enquanto seus amigos se divertiam jogando bola.
O menino se prendia dentro de uma pequena gaiola.
Essa cerca que o prendia na palma da mão da sereia.
O deixando prisioneiro em sua cadeia.
Mas que triste diário, recebia frases belas
Dessa que seria a novela das novelas.
Victor, percebendo Hugo meio sério, perguntou:
"Que foi? sentindo falta do colégio?
Fala cara, por que esse tédio?"
Hugo respondeu: "Nada, só uma simples doença sem remédio".
Ah o amor, a doce loucura, a doce tortura
o belo da beleza, o triste da tristeza.
E todos os seus amigos diziam:
"Mas cara, é hora de arriscar, expor seus sentimentos
Vai ficar guardando algo tão bonito ai dentro"
E Hugo respondeu: "Eu juro que até tento,
Mas quando vejo, já estou tremendo, que tormento
Não sei se tenho talento, nem sei onde estou me metendo"
Ah o amor, a bala perdida, a fruta proibida.
o riso de felicidade, o choro de saudade.
O dia era quinta-feira, Hugo e seus amigos
Tiveram uma conversa, quase que como um plano
Explicando como ele deveria dizer o tal: "Te Amo"
E a manhã foi acabando, e, hoje, nada mais resta.
Se for alivio, amanhã tem festa.

domingo, 9 de março de 2008

CAPÍTULO XIII

Depois daquele quase perfeito encontro
Hugo encontrou nas rimas uma forma de estar perto dela
E por mais que ela não veja, ele não marque ponto
Em seu coração, Hugo alimenta os capítulos dessa novela.

"Eu não sei quem é você, mas eu quero estar com você
Poder te ter, te tocar, se sentir, te fazer sorrir
Escrevo sem cartas sem remetentes, sem destino onde chegar
E as guardo em minha mente, triste e sozinho, tentando desabafar"

Era aguniante assistir Hugo pensando na menina enquanto
A via em algum retrato, isolado em um canto
Da sala ou do quarto, parecendo estar aos prantos
Mas sorria ao lembrar de Linda ao sorri,
Que maravilha tortura Hugo está disposto a seguir.
E ele entrava na página virtual da menina
Parecia estar cego, ou estar com alguma sina
Era uma perseguição mental no escuro
Era um coração leal com seu amor mais puro.
Linda havia ganhado o prêmio de poder desfrutar desse amor
Mas Hugo não sabia como expressar isso
Os papéis não dizem nada, e as cartas ele não mandou
Podre Hugo, perdendo a sanidade, a razão e o juízo
Ela era Linda de verdade e Hugo escrevia sua realidade
De como fica paralisado ao ver Linda e seu lindo sorriso.

"Olha lá, o sorriso dela me convidando para me apaixonar
E o seu olhar é coisa tão bela, contém nele o modo de me controlar.
Vejam só, todos olham para ele, tenho que me diferençiar
Fazer algo especial à ela, mas fico mudo não sei o que falar.
Sente só, o perfume dela, arrastando várias multidões
Faço tudo por um carinho dela, poesias, poemas e canções"

A cada carta não enviada era mais uma frase engasgada
Mas um motivo para se sentir nervoso, com medo
Mantendo um sentimento tão lindo em segredo
Vamos Hugo, essa viagem pode ter escalas
E outras pessoam embarcarão
Já pensou, se entrar um daqueles caras
E se tornar o rei de Linda e seu coração.
Pobre neo-romantico, está vendo muito filme de amor.
Vamos garoto, essa viagem apenas começou
E você já está se precipitando, pensando estar amando
Preste atenção, pés no chão, coração na mão
"É, pelo 'final-feliz' eu continuo esperando"
Ei Hugo, não é hora de pensar ainda.
Vai dormir e sonhar um pouco com Linda.
O dia era terça-feira e de alguma maneira
Hugo consegui dormir a tarde inteira
Lembrando que o amor, pode até trazer dor.
Mas no fundo, é uma eterna brincadeira.

sexta-feira, 7 de março de 2008

CAPÍTULO XII

Sexta-feira a noite, já estava certo dos dois se encontrarem
Hugo não via a hora de estar com Linda novamente.
E como que se perde observando uma bela paisagem
O pequeno garoto a vê em sua frente.
Tantas belas frases ensaiadas, frases feitas, perfeitas.
Mas o jovem sempre gaguejava, e a coisa certa nunca era feita.
Era engraçado Hugo estudando todos os movimentos da bela.
Como uma senhora assiste e analisa uma cena de novela
Hugo ficava estático ao vê-la sorrir,
Paralisado de corpo, alma e pensamento
E naquele momento o mundo parecia querer cair.
Cada encontro é como um belo e doce tormento
E como um leve vento que só assusta com o barulho
Mas não fere por fora nem por dentro.
E quando vai embora, deixa uma enorme saudade.
Onde a calmaria é bem pior que a tempestade.
Hugo tentava aproveita cada instante ao lado da menina.
Falava piadas, gracinhas só para ser a melhor companhia.
Ela retribuía na melhor maneira mais gente fina.
Enfeitiçava com seu olhar.
Pobre Hugo sem direção, sem rumo a tomar.
Todo tonto, perdido, sorrindo igual a um idiota
Nem piscava, como uma criança observa o voa da gaivota
Pequeno e sem ação, com a boca fechada,
Lembrava das frases ensaidas e não dizia nada
Mas cheio de coisas, sentimentos e palavras a falar.
Um segundo, um milhão, não dizia nada, porém não queria ousar.
Conversaram por duas horas e quando Linda foi embora
Foi como o coração de Hugo chorasse e apenas esperasse
O lindo e belo momento de Linda em volta
Pode ser depois, mas pode ser agora,
E agora, quem se atreva a dizer que essa novela tem rumo.
Nesse conto as coisas vão se desenhando, tomando forma.
Se encaminhando, e qualquer minuto se transforma.
Agora já temos duas bagagens.
Será que faltam mais personagens?
Senhoras e senhores comprem suas passagens
Para embarcar em uma viagem das viagens
Alegria como pano de funo
Rolando um sentimento profundo
E o amor enfeitando as paisagens.

segunda-feira, 3 de março de 2008

CAPÍTULO XI

Cheios de dúvidas do que estava a sentir
Hugo passou a noite em claros, é claro não conseguiu dormir
Entre sussurros dizia: “Persistir ou desistir.
Tentar descobrir ou parar por aqui?”
Pobre Hugo, tentando não se envolver onde já estava envolvido.
Querendo ao menos saber o que estava sentido.
Na volta da escola, conversou com Linda a tarde inteira
Mesmo que pela internet, mesmo que só de bobeira.
Eram risos e gargalhadas, cada um sua casa.
Essa distancia deixava Hugo com mais coragem
Com muito mais assunto, muito a falar.
Nessa viagem, já tinha feito sua bagagem.
E virtualmente, sabia tudo como usar.
Porém, internet é um meio frio, sem reação.
Nunca demonstre sentimentos como se fosse apenas
Mais alguma nova e simples informação.
Então Hugo ia devagarzinho tomando espaço no mundo de Linda.
A cada riso se tornava mais importante na vida da menina
Por mais que de início era só por amizade
Linda sabia que podia contar com Hugo de verdade.
E isso é importante para qualquer relacionamento.
Demonstrar uma confiança firme e um grande sentimento.
Os dois falavam de como foi bom ter se conhecido.
Linda até brincava: “Por onde você andava escondido?”
Aquilo tudo demonstrava um belo sentimento entre os dois
Porém ninguém saberia o que poderia vir depois.
A princípio, eram ótimos amigos
De início, guardavam segredos proibidos,
Os quais eles não sabiam quando iriam demonstrar
Qual seria o melhor de se expressar
E de falar o que tinha em seus corações
Nessa novela, eles queriam a melhor
De todas as declarações.