comédias românticas são palavras

a cada capítulo, um estímulo;

domingo, 27 de abril de 2008

CAPÍTULO XXV

"Bem, para começar, te peço que não a ninguém
Tudo o que você irá ler nesse depoimento
Virão palavras para mostrar o quanto vc me faz bem
E tentar expressar todo o meu sentimento
Algo que foi crescendo a cada dia que passava
E ficava contando as horas só para te ver
Perdi a conta de quantas noite com você sonhava.
Ou quantas vezes já escrevi: 'Eu amo você'.
E por falar em amor, eu acho que é maior que isso.
Você não tem noção de quão belo é seu olhar.
Me faz tremer, minhas mão começam a suar.
E eu me entrego nesse mais doce e maravilhoso feitiço.
Eu segui os seus passos, eu fico em pedaços
Quando te vejo com outros rapazes
Eu sei, sou seu amigo, mas qual o perigo?
Sei que posso te levar a um oásis
Seja longe ou seja perto, com você sou mais esperto
E não me perco nos desertos, mas não sei se sou o certo.
Você sempre é tão arrumada e tem amigos da alta sociedade.
E eu com camisa amarrotada, quase um simbolo de humildade
Será que os opostos se atraem? Bem, da minha parte aconteceu.
Se os nossos coração se amarem será uma dádiva de Deus.
Mas não sei o que acontece em seu peito
Só sei que não sou o garoto perfeito, mas me ajeito.
Por você eu roubo todo brilho da Lua
E do Sol retiro todo o seu calor.
Só para te ouvir dizer: 'Sou sua,
E você é o dono de todo o meu amor'.
Ai, que sonho. Ai que maravilhosa loucura.
Amar você tem sido uma doce tortura
Uma doença sem cura, uma viagem de aventura.
É te seguir em cada esquina, é te ver em cada menina
É dizer 'Te Amo' sem você me ouvir
É poder te tocar sem você nem sentir.
Eu sou aquela brisa que te refresca
Eu sou a coberta que te aquece
Eu sou um mero peixe em sua pesca
Eu sou aquele que você sempre se esquece.
Quisera eu te dar uma estrela pintada de verde.
Quisera eu ser a fonte que sacia a sua sede.
Você é razão das minhas noites mal dormidas
Você é o alimento do meu coração
Você é minha viagem só com passagem de ida.
Você é a minha própria estação.
É, desse labirinto não tem mais saída.
Te Amo, só quero poder te provar isso
Até o último dia da minha vida".

sexta-feira, 25 de abril de 2008

CAPÍTULO XXIV

Mas que situação louca hein, menino.
Apaixonado por duas, que triste destino.
Uma foi o primeiro amor, e esse marca mais.
Mas a outra o encantou, que sina, rapaz!
Há poucos dias para o fim das férias
Hugo estava decidido a se declarar
Ensaiava as suas frases mais sérias
E bolava o plano perfeito para falar.
Mas se declarem para quem?
Linda ou Sophia? Ou por ninguém.
O medo de achar que estava confundindo
O deixava tímido, inibido, retraído.
Linda poderia ser apenas gentil
E, de certa forma, ela é assim com demais.
Por Sophia, Hugo se encantou quando viu.
Mas não sabe se ela também olhou para trás.
Eram tantas dúvidas, era tanto medo
Eram poucos segundos, era o maior segredo.
Hugo era como um simples brinquedo
Nas mãos de duas crianças indefesas
Eram tantas perguntas, era muito cedo
Era tanto doce, era muito azedo.
Hugo como água escorrendo entre os dedos
Das mãos de duas imensas correntezas.
Buscou em papéis soluções para este caso.
Que ainda não se decidiu se foi destino ou acaso.

"A branca do quarto, não guia nesse labirinto
As risadas em retratos me perseguem por instinto.
Se for por emoção, a primeira pretendente é a certa.
Se for por razão, a segunda sorridente é a descoberta.
Elas são tão lindas e eu um perdido por natureza
São jóias em corpos femininos de infinita beleza
Eu tenho dois alvos, porém apenas um dardo.
Ou me saio a salvo, ou me deixam de lado.
Arriscar em uma ou não conseguir nenhuma
De forma nua e crua tentar encostar na lua
O satélite invejoso com o brilho do rosto
Da minha primeira e única dama
Mas o sol não fica de fora e parece que devora
A minha segunda e fortíssima chama
Mas por quem meu coração chama?
Por quem ele realmente ama?"

E o poeta continua escrevendo ao invés de dizer
O relógio marcava 4h30 da madrugada
Hugo, sozinho, caiu na gargalhada
Olhou para uma foto e disse: "Escolhi você".

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CAPÍTULO XXIII

Conversando enquanto olhavam uma revista
Hugo e Sophia se conheciam mais e mais
A menina disse que curtia futebol e odiava dentista
E na sala, sentava com a galera lá de trás.
Falou que prefere quando seu cabelo está liso.
Se prefere cachorro ou gato e o que faz na hora do tédio
Mostrou suas covinhas quando abre o sorriso.
E quando criança odiava ter que tomar algum remédio.
Explicou que Angel é o seu perfume predileto
E abriu alguns de seus segredos mais secretos
Nesse trio amoroso, ali formava-se um par
Mesmo que Hugo ainda não soubesse disto
Porque toda hora ele ficava tenso, chegava a suar
Ao ver Linda passear sem nenhum imprevisto
Sem ao menos sentir falta da sua presença
Era muita gente, muitos rostos ao seu redor.
E Linda, naquela hora, era a beleza mais intensa
Hugo tentando cada vez mais ser alguém melhor.
Ele, sem dúvidas, sentia algo forte por Sophia
Mas nada comparada a doce e simples alegria
Quando o jovem olhava Linda passar
Como quem observa uma paisagem
Como alguém parado faz uma viagem
Hugo ficava intacto, nem chegava a piscar.
A noite ficou tarde e todos voltaram aos seus lares
E nesses jogos sem nenhum placares
Hugo resolveu escrever sobre seus sentimentos
Versos como simples alimentos
Ao seu amor, a sua dor e aos tormentos.

"A lua gosta do mar como eu gosto de você
Eu sinto você respirar, preciso desse teu olhar
O qual me leva a ter gosto de viver
Humanos precisam de ar como eu preciso de você
No dia que te vi passar meu mundo chegou a parar
E hoje eu sei que eu só quero te ter
O teu sorriso é de arrepiar. Tudo fica lindo em você
Ainda vou me declarar, dizer que é você que eu quero ficar
Vou falar tudo para você entender
Que o meu coração dentre todas as mulheres, escolheu você
Faço qualquer coisa do jeito que tu queres, para te satisfazer".


Pobre poeta sem nome, pobre pássaro sem ninho
Triste criança com fome de algum simples carinho.
O relógio passava mais rápido, os dias estão se acabando
E Hugo pensando a melhor forma para se declarar
A lua está indo embora, as luzes estão se apagando
E Hugo determinado a escolher seu legítimo par
Porque nessa dançar alguém ira dançar
Pode ser ele, Linda ou Sophia. Quem ousa arriscar?

domingo, 13 de abril de 2008

CAPÍTULO XXII

Numa bela manhã de domingo
Hugo acordou alegre e sorrindo
Sonhou com Linda a noite inteira
Ficava sempre lembrando das brincadeiras
Por sorte ou por ironia do destino
Um mensagem em seu celular: "Voltei, menino"
E completava: "Quero te ver, passa aqui em casa?"
Hugo parecia um anjo com ouro em suas asas
Não deu outra, tomou o banho mais longo do mundo
E relia a mensagem a cada segundo
Ensaiou o que iria dizer em seu espelho
Até pesquisou, procurando algum conselho
Mergulhou no perfume, encheu o cabelo de gel.
Vestiu uma roupa bonita, parecia estar no céu.
Encheu-se de alegria e gritou: "Hoje é o dia!"
Perdeu-se nos passos, viajou no espaço
Sorrioo a qualquer um na rua
Parecia um palhaço, um homem de aço
Agradecendo e celebrando a lua.
Ding-don, soa a demorada campanhia.
E o silêncio reinando em seu peito
Hugo respirava, suspirava e tremia
Tentava esconder seus trejeitos
A porta é aberta e agora não importa
O que venha a acontecer
A hora é a certa, mas agora as idéias
Já não são as que ensaiou para dizer.
Com seu sorriso, ela falou: "Que bom que você veio"
E para decepção do garoto, o lar estava cheio
Todos os amigos decidiram ir recepcionar a menina
E ele triste, porém feliz enquanto conversaram na cozinha
Quando acabou o brilho em seu olhar
Hugo percebeu que Sophia também estava lá.
Acanhada e sozinha sentada no sofá
Hugo sentou e disse: "Posso te acompanhar?"
Ela sorriu e nem precisou dizer "sim"
E ela pensando: "Será que ele está afim de mim?"
Linda reunia todos os olhares curiosos
Estavam todos com saudades de vê-la
Sob os olofotes muito mais brilhosos
Ela era a Lua rodeada de estrelas.
E aquela noite prometeu ser intensa
Entre Hugo e seus dois amores
Ele, um criminoso cumprindo sentença
Por querer um jardim, assim só para si
E fica tenso ao ver Linda a sorrir
Parado, espera por alguma recompensa
Dentre milhões do sorissos, milhões de flores.

terça-feira, 8 de abril de 2008

CAPÍTULO XXI

O sol do verão chega aquecendo os corações frios
Pobre Hugo, mais amor, mais calafrios
E como um febril delirando a todo momento
Ele viu que já era hora de resolver esse tormento
Grande vitória em vida, porque para encontrar a saída
Primeiro você tem que dar o primeiro passo
Descobri qual menina seu mundo mais gira, pira.
Aquela que é dona de seu maior espaço.
Linda foi a primeira que ele se apaixonou
Praticamente seu verdadeiro primeiro amor.
Sophia foi a primeira que ele se identificou.
Praticamente a primeira que ele quase beijou.
Hugo sabia que por serem amigas, ele só teria uma.
Porque quem ele se declarasse, mesmo sem resposta alguma
Ele não poderia tentar a outra garota
Pobre menino, sua chance é como uma gota
Que caí tão rápido, pode encontrar o chão duro
Ou se alojar em um lindo fruto maduro
Suas conversas com Sophia se tornaram mais intensas
Será que Sophia merecia recompensas?
Só o passo do tempo poderá informar
Mas hoje, Hugo ainda quer ser o seu par.
Maldita hora com Sophia foi recusar o convite
Hugo você se interessou pelo veto, admite.
Maldita hora que Linda foi para longe viajar
Hugo você ainda pensa nela, mas insiste em não pensar.
Foi quando ele mandou uma mensagem
Dizendo: "Volta, estou com saudades"
E passou a noite inteira olhar para o celular
Querendo saber se Linda irá retornar
Maldita hora que o Sol começou a sair.
Cansado, exausto, Hugo começou a dormir.
A cada noite ele sonhava como uma menina diferente.
Às vezes Linda, outras Sophia, isso já era freqüente.
Faltam poucos dias até ele se declarar.
Façam suas apostas, entre na torcida
Pois as respostas dessa viagem só de ida.
Ninguém saberá o que falar.