comédias românticas são palavras

a cada capítulo, um estímulo;

quinta-feira, 26 de junho de 2008

- CAPÍTULO XXVIII

Acordou em uma chuvosa manhã de domingo.
Hugo recebeu uma mensagem que o alegrou.
Como a grama que passa a noite esperando um pingo.
Linda lhe deixou um recado simples que ele amou.
Dizia ela: "Eu precisando conversar com você".
Tenso, cabeça voando, mãos suando,
Os minutos passando e ele parado pensando:
"Ai, Meu Deus, o que será que ela quer falar?
Será que dirá 'sim' ou dirá 'deixa para lá'?"
Os dias passam mais devagar desde sua declaração.
Seus passos não seguem as batidas de seu coração.
Escrever tem sido a coisa mais fácil do mundo.
Em que a cada traço, cada letra, cada segundo.
Hugo se declarava através de versos e poemas.
Sempre foi tímido para chegar e dizer o que sente.
Romântico, porém mudo, se entrega em dilemas.
Seu amor é puro, inocente, não mente.
Hugo nunca foi do tipo que conquista por conquistar.
Sempre achou mais interessante alguém para lhe acompanhar.
Nessa dança, Hugo queria encontrar um par
E não alguém apenas para somar,
O amor não é uma conta, o amor não conta, esconde.
O sentimento não nasce, ele flui, não se sabe de onde.
O amor é como águas que descem de um nascente.
Não se sabe por onde começa, se terá fim, apenas se sente.
Não há explicação, não há formulas, não há regras.
Apesar do choro, da ansiedade, da carência, Hugo se alegra.
Fica contente porque pode fazer tudo o que lhe cabia.
Mesmo sem saber se essa vontade seria recompensada.
Mas quer saber, para toda a tristeza há alguma alegria,
E para todos os amantes existe uma fada encantada.
Hugo respondeu a mensagem dizendo: “Mais tarde te encontro”.
O amor acha o que se perdeu em desencontro.
O dia era domingo, o sagrado para os cristãos.
Da triste chuva, apareceu um alegre astro rei.
E pensava Hugo: “O que irei saber hoje, eu não sei
Mas vou fazer de tudo para unir as nossas mãos”.

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